Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
18/07/2020 às 12h02min - Atualizada em 18/07/2020 às 11h55min

Inquérito Civil é reaberto sobre a violência sexual nas escolas

O inquérito deseja avaliar que as vítimas cumpram as atividades escolares culturais, sem insinuação sexual, desrespeitosa e agressiva.

Ariel Vidal - Editor: Ronerson Pinheiro
Ministério Público
Foto: Shutterrstock

A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, instaurou um inquérito civil para acompanhar os frequentes episódios de violência de gênero. As vítimas sofrem assédio sexual e/ou moral praticados por alunos ou professores em âmbito escolar. Uma das estratégias da Promotoria é acompanhar o acolhimento das vítimas. A ideia, é evitar que sejam surpreendidas por atos constrangedores por questão de gêneros. Além disso, o inquérito deseja avaliar que as vítimas cumpram as atividades escolares culturais, sem insinuação sexual, desrespeitosa e agressiva com o intuito também, de serem ouvidas pelo Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca).

 

Para a psicóloga Carolina Duarte, a violência independente do âmbito em que ocorra, pode trazer vários prejuízos para o desenvolvimento infantil. “As crianças podem apresentar dificuldades de aprendizagem, atrasos na escola, na compreensão de mundo. Além disso há as dificuldades nas socializações entre outros problemas comportamentais e depressão,” completa.

 

Evitando a violência nas escolas

 

O diálogo dentro de casa e na escola é um dos principais pontos abordados pela psicóloga, ela conta que a educação sexual é importante para evitar que a violência se instale nas crianças, pois as vítimas irão ter consciência dos limites. “Diversos profissionais já desenvolveram materiais com boa didática e de fácil entendimento. É possível ensinar as crianças a se cuidarem e não deixar que outras pessoas ultrapassem os limites até mesmo por vídeos de animação.” explica Carolina Duarte.

 

No entanto, caso o responsável tenha ciência que a criança esteja sendo vítima de violência sexual e moral na escola, deve acolher a mesma. Além de buscar uma rede de apoio para ela, deve realizar a denúncia no Conselho Tutelar, conforme declaração da profissional de psicologia.“Já nos casos de violência moral nem sempre chega ao conhecimento de outras pessoas, pois a criança não se sente encorajada para conversar sobre, em muitos casos o bullying é praticado pela própria família.” declara Carolina Duarte.

 

Conforme os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), índices apontam que passaram de 4,5% para 8% a quantidade de crianças e adolescentes na última década com depressão. A profissional também acrescenta que um dos tipos mais comuns de violência que podem provocar a doença é o bullying, e que por ser muito banalizado, é desconhecido o efeito nas crianças. “Tal ato pode gerar fortes prejuízos a saúde emocional da criança, como problemas de autoestima, depressão, ansiedade, e em alguns casos pode chegar em casos extremos como automutilação e suicídio.” finaliza a psicóloga.


Editora-chefe: Lavínia Carvalho

 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »