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18/07/2020 às 18h27min - Atualizada em 18/07/2020 às 18h16min

A fase amarela e a reabertura das feiras e mercados de artesanato em Maceió

Decreto divulgado na quinta-feira (16) pela Prefeitura de Maceió, permite a abertura de feiras e mercados de artesanato na próxima segunda-feira (20).

Brenda Guerra - Revisado por Renata Rodrigues
Crédito: Gungaporanga.com.br
Devido à pandemia de coronavírus, os mercados de artesanato da cidade estão fechados desde março, o que trouxe um grande prejuízo financeiro para muitos comerciantes.

Fernanda Muniz possui, no Pavilhão do Artesanato,
a loja Corujinhas Maceió localizada no bairro de Pajuçara, e conta que seu negócio foi completamente afetado pela pandemia. “Estamos fechados desde o dia 20 de março e não possuímos e-commerce, portanto estamos sem renda com os produtos da loja durante todo esse período. Trabalhamos basicamente com bijuterias e neste momento, não houve procura, devido ao fato de que não são produtos essenciais, levando em conta também que nossos principais clientes são turistas.”

Fernanda ainda conta que como trabalha com produtos feitos com tecidos, uma das alternativas que encontrou no começo da quarentena foi fazer máscaras de tecido em casa, o que a princípio deu um bom rendimento. Contudo, com a reabertura de diversas lojas, a procura por máscaras diminuiu.

A abertura dos mercados de artesanato será benéfica para os comerciantes, entretanto o fato dos principais clientes serem de fora é um problema. “Como nosso público-alvo é grande parte composto por turistas de outros estados, acreditamos que as vendas por uns meses não serão de grande volume, por isso estamos apreensivos”, afirma Fernanda.

Mesmo com o avanço para a fase amarela, em que o risco de contaminação pela covid-19 é moderado, ainda há uma grande preocupação das pessoas com a contaminação do vírus. A estudante de medicina Laíne Rocha acha que “não estamos preparados para reabertura e que a população não está devidamente treinada para esse mundo pandêmico e as fases de reabertura. Mas acho que já que tudo estará abrindo, os mercados de artesanato também devem. Afinal, é a fonte de renda daquelas pessoas também”.

A estudante conta que o mercado será uma questão um pouco delicada, devido ao alto contingente de pessoas transitando. Além dos produtos que são constantemente tocados. “É necessário que haja uma instrução aos donos, funcionários e compradores”, afirma Laíne.

Tentamos entrar em contato com a administração do Pavilhão do Artesanato para obter informações sobre a quantidade de lojas existentes no espaço e quais medidas serão tomadas para uma reabertura segura. Porém, até a publicação dessa matéria não tivemos respostas.

Fernanda Muniz acredita que o horário de funcionamento será reduzido e com procedimentos e orientações a serem seguidas, tanto pelos lojistas quanto pelos clientes. O fluxo de pessoas também deve diminuir, só poderá ficar um atendente para cada loja e será obrigatório o uso de máscara.

O Pavilhão do Artesanato não cobrou aluguel dos lojistas desde que fechou, o retorno das atividades será muito importante não só para o estabelecimento como também para os artesãos, que vão poder retomar sua fonte de renda.


Enquanto não surge a vacina contra o vírus, existe o medo do contagio. Mas com todas as medidas de segurança, aos poucos as coisas vão tentando voltar ao normal. Com a fase amarela, a partir do dia 20 de julho, será também permitida a abertura, de bares, restaurantes, quiosques, food trucks, comércios ambulantes, assim como, a prestação de passeios turísticos.
 
 
 
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