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22/07/2020 às 14h58min - Atualizada em 22/07/2020 às 14h20min

Flipop: festival dedicado à literatura pop é realizado on-line por conta da Covid-19

A 4º edição do evento foi realizado on-line no canal da editora Seguinte no YouTube

Talyta Brito - labdicasjornalismo.com
Divulgação
Há três anos a Editora Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras, realiza o festival de literatura pop – a Flipop. Entretanto, por conta da pandemia da Covid-19, que chegou a marca de 80.000 mortos no dia 20 de julho, o evento em 2020 foi realizado online através do Youtube da empresa.

Para Paulo Santana, graduando em Letras e um dos responsáveis pelo marketing digital da Editora, “o maior desafio foi, certamente, trazer todos os diferenciais da Flipop presencial para o espaço virtual. A equipe da Seguinte, que organiza o festival desde 2017, costuma dizer que a Flipop é mais do que uma série de bate-papos, é um espaço seguro de encontro entre leitores e autores. Trazer esse clima foi uma preocupação que tivemos desde que decidimos que este ano faríamos o festival on-line e acredito que conseguimos fazer isso bem — foi lindo acompanhar a interação e o carinho nos chats das lives e nas redes sociais. Também criamos outros atrativos para que os leitores se sentissem parte da Flipop, como o e-book gratuito e o filtro no Instagram”. 


Paulo também destacou que a programação on-line democratizou o acesso a outros públicos. “ A vantagem foi conseguir, pela primeira vez, que leitores de todo o país pudessem participar. Levar a Flipop para outros estados sempre foi um desejo da comissão organizadora, mas nunca foi possível por conta da estrutura e do orçamento. Felizmente, a edição on-line possibilitou que mais leitores pudessem ter essa experiência”.  Leitor voraz desde a pré-adolescência, o estudante ressaltou a importância da leitura no nosso tempo: “vivemos tempos difíceis, mas os livros podem ser a nossa melhor companhia para atravessá-los. Acredito que a leitura tem uma força que ultrapassa o entretenimento e o aprendizado — com os livros, podemos encontrar conforto, especialmente quando nos vemos representados nas páginas de uma história”.

O evento foi realizado entre 9 e 12 de julho contou com inúmeros convidados como: Rafael Montes, Clara Alves e a norte-americana Casey Mc Quiston, autora de  “Vermelho branco e sangue azul”. 
Os bate-papos propostos foram desde a função do agente literário a (in) visibilidade na literatura. Mediador da mesa “Jovens que escrevem poesia, jovens que leem poesia”, composta pelos escritores nacionais, Lorena Pimenta, Bruna vieira e João Doederlein, o kapoeta, Paulo pondera que “os poetas entregam muito de si em seus textos, e é nessa entrega que os leitores podem acessar seus sentimentos mais profundos e se sentirem acolhidos”. 

Durante a entrevista, ele também comentou as iniciativas que a editora vem propondo no período de quarentena.  “Com o isolamento social, o Grupo Companhia das Letras focou todas as suas ações no digital. Lançamos a campanha #LeiaEmCasa, recomendando livros do catálogo, realizando lives com autores e disponibilizando conteúdo gratuito, incluindo alguns e-books. Na Seguinte, por exemplo, o clube do livro que realizávamos na livraria Martins Fontes, aqui em São Paulo, virou uma leitura coletiva em nosso Instagram. Percebemos que, mesmo sem livrarias físicas, os leitores ainda querem consumir livros e outros conteúdos literários — nosso trabalho, então, é fazer essa curadoria e mostrar o livro certo para cada leitor”.


 

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