Grande Prêmio do Brasil e outras três provas nas Américas são canceladas pela Fórmula 1

Estados Unidos, México e Canadá também não receberão corridas em 2020; mais três GPs foram confirmados para a temporada

Brasil não receberá uma prova da categoria pela primeira vez desde 1973 - Foto: Beto Issa/GP Brasil F1

Por conta da pandemia do novo coronavírus, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou em nota nesta sexta (24) que os Grandes Prêmios do Brasil, dos Estados Unidos, do México e do Canadá não acontecerão na temporada de 2020. A prova estadunidense estava prevista para o dia 23 de outubro. Uma semana depois a categoria desembarcaria na capital mexicana. Em Interlagos, a prova aconteceria no dia 15 de novembro. O GP canadense, que orginalmente seria disputado no início de junho, já havia sido adiado e agora a organização do campeonato decidiu pelo cancelamento da prova.

As Américas são o atual epicentro do coronavírus. Segundo números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 23 de julho, os Estados Unidos, que contam com mais de três milhões e 800 mil casos confirmados e quase 142 mil mortes é o país mais atingido pela doença nas Américas. O Brasil vem na sequência, com mais de dois milhões e 500 mil casos e 81 mil mortes. O México tem 356 mil casos confirmados e 40 mil mortes, enquanto o Canadá tem quase 112 mil casos e mais de 8800 mortes causadas pelo vírus.

Para suprir os cancelamentos nas Américas, a FIA confirmou três novas provas para 2020. A Alemanha receberá, no circuito de Nuburgring, no dia 11 de outubro, o Grande Prêmio de Eifel. O país não recebia corridas da categoria desde 2013. Em Portugal, o GP será disputado em Portimão, na região do Algarve. O circuito receberá uma prova de F1 pela primeira vez. No país ibérico, a última prova foi há 24 anos, em 1996. O terceiro GP foi confirmado em San Marino, no circuito de Ímola, no dia primeiro de novembro. A cidade palco do fim de semana mais trágico da história do esporte, em 1994, quando o austríaco Roland Ratzenberger, da equipe Simtek e o tricampeão Ayrton Senna, da Williams, perderam suas vidas em acidentes no treino classificatório e na corrida, respectivamente, não recebia uma etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 desde 2006.

Os organizadores do Mundial pretendem que a atual temporada tenha 15 corridas. Com as confirmações de Alemanha, Portugal e San Marino, 13 etapas já estão confirmadas. Até agora três provas já foram disputadas: os GPs da Áustria e da Estíria, ambas na Áustria e o GP da Hungria. As próximas duas etapas acontecerão no circuito de Silverstone, na Inglaterra. A primeira, no dia dois de agosto, será o GP da Grã-Bretanha. No fim de semana seguinte o GP comemorativo dos 70 anos da modalidade, que completam-se neste ano. Na sequência, em 16 de agosto, a Espanha recebe o GP da Espanha, em Barcelona. Já no fim de agosto, no dia 30, no circuito de Spa-Francorchamps acontece o GP da Bélgica. A Itália receberá mais duas provas. A primeira, no dia 6 de setembro, acontece em Monza e a segunda, no dia 13, a penúltima prova das confirmadas, acontece no circuito de Mugello, na região da Toscana. A cidade de Sochi, na Rússia, recebe a última prova das previstas até aqui, no dia 27 de setembro. A expectativa é que as duas vagas restantes sejam ocupadas pelos GPs do Bahrein e Abu Dhabi.

Depois de três provas, a Mercedes ocupa a primeira posição no Mundial de Construtores com 121 pontos, seguida pela Red Bull, com 55 e a McLaren, com 41 fecha o top três. Dentre os pilotos, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, que venceu as últimas duas etapas, lidera o campeonato com 63 pontos, seguido pelo seu companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, que tem 58. Na terceira posição está o holandês Max Verstappen, da Red Bull, com 33 pontos. Fecham as cinco primeiras colocações o inglês Lando Norris, da McLaren e o companheiro de equipe de Verstappen, o tailandês Alexander Albon, com 26 e 22 pontos respectivamente.