A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta semana que há 166 vacinas desenvolvidas ao redor do mundo contra o novo coronavírus e duas apresentam resultados positivos contra o vírus. A da chinesa CanSino Biologics é segura e induz resposta imune, de acordo com os teste feitos em 500 voluntários em Wuhan, na China.
"O estudo de fase dois acrescenta mais evidências de segurança e imunogenicidade em uma população maior do que o estudo de fase um. Este é um passo importante na avaliação desta vacina experimental em estágio inicial. Os estudos de fase três estão em andamento ”, afirma Feng-Cai Zhu, do Centro Provincial de Controle e Prevenção de Doenças da China. O prazo para que a vacina seja disponibilizada, se as respostas finais forem positivas é de 12 a 18 meses, o que é considerado um recorde mundial, já que a vacina que demorou menos tempo para ser desenvolvida foi a da caxumba: quatro anos.
Outra vacina que obteve resultado positivo na segunda fase de testes é a que está sendo desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Os testes se mostraram seguros e induziram a ativação do sistema imune. Os pesquisadores defendem a aplicação de duas doses da vacina ao invés de uma dose única.
"No momento, a coisa segura a fazer é ir com duas doses, e então vamos começar a explorar doses únicas ou doses baixas", disse Mene Pangalos, executivo da farmacêutica em uma entrevista coletiva. A vacina está terceira fase e, no momento, a substância está sendo testada em 50 mil pessoas em todo o mundo. No Brasil, são 5 mil pessoas: duas mil em São Paulo, duas mil na Bahia e mil no Rio de Janeiro. A Universidade de Oxford fechou parceria com o Brasil. Assim que a subtância for liberada pelas autoridades de saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve produzir a vacina.