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30/07/2020 às 16h07min - Atualizada em 30/07/2020 às 15h58min

Federação Chinesa pretende regular o número de brasileiros na seleção de futebol do país

Após fala do meia Oscar sobre defender a China, secretário-geral da federação diz: “Não teremos dois terços das vagas do time ocupadas por brasileiros”

Cristian Moraes Rocha - labdicasjornalismo.com
Foto: Vermelho.org.br

Com os recentes casos de jogadores brasileiros se naturalizando chineses, o meia Oscar com passagens pela Seleção Brasileira, Chelsea e São Paulo, disse estar de portas abertas para jogar pelo país oriental. Entretanto, o secretário-geral da Federação Chinesa de Futebol, Liu Yi, descartou a chance de outros jogadores do Brasil defenderem a China. “Não é uma estratégia de longo prazo. Não teremos dois terços da equipe ocupadas por brasileiros. Podemos ter dois, três ou quatro jogadores, talvez, mas não mais do que isso”, disse Liu Yi em entrevista à agência francesa, AFP. 

Oscar defende o Shangai SIPG (CHI) desde 2017, e caso conseguisse se naturalizar chinês, ele se juntaria a Elkeson e Aloísio, como brasileiros que defendem o país asiático. Ricardo Goulart é outro que está por detalhes da naturalização. A principal meta da China no futebol, é garantir a participação na próxima Copa do Mundo no Catar em 2022. 

Mesmo sem a fala do secretário, seria algo inviável no momento de acontecer, pois, a Fifa tem regras que permitem que um jogador possa participar de torneios oficiais por apenas uma seleção, e como o Oscar já disputou até Copa do Mundo pelo Brasil em 2014, as chances de jogar por outro país são baixas. 



 Oscar em ação pela seleção brasileira. 
Foto: Getty Images

A limitação não vai ser somente com brasileiros, mas com outros países também. Os responsáveis federativos da china disseram ter ficados inseguros quando deram o passaporte ao Elkeson, e afirmaram que a prioridade é desenvolver os jogadores chineses. 

“Ficamos um pouco preocupados quando entregamos o passaporte a Elkeson. Mas os torcedores chineses adoram ter alguns jogadores naturalizados na seleção, desde que isso ajude a levar o time e o país ao Mundial. Não vejo resistência, honestamente, mas precisamos nos desenvolver.” 


 Elkeson foi o primeiro brasileiro naturalizado chinês. Foto:  Sina.com

PROJETO CATAR 

Como foi dito, o principal objetivo da seleção chinesa é voltar a uma Copa do Mundo, competição que participou pela única e última vez em 2002, na Coréia do Sul e Japão. 

Uma das soluções encontradas para atingir essa meta, foi recrutar jogadores que atuavam no futebol nacional por bastante tempo, e que não tinham espaço nas suas seleções. Usando o Brasil como exemplo, os preteridos foram: Elkeson (ex-Botafogo), Aloísio “boi bandido” (ex-São Paulo), Ricardo Goulart ( ex-Cruzeiro e Palmeiras), Alan (ex-Fluminense) e Fernandinho (ex-Grêmio e São Paulo). Ampliando para o cenário mundial, a China concluiu nova cidadania a dois jogadores o inglês Yennaris e o norueguês Saeter, esse último filho de chinesa, ambos jogam pelo Beijing Guoan. 

Outra medida tomada, foi o fortalecimento do campeonato nacional, com grandes investimentos dos clubes em estrutura e nas categorias de base. Também foi escolhido um clube como espécie de base da seleção, que no caso é o Guangzhou Evergrande, time mais vitorioso nessa fase crescente do futebol chinês. E até pouco tempo, quem encabeçava o projeto era o técnico campeão em 2006 pela Itália, Marcello Lippi

 

Até o momento da parada por conta da pandemia do coronavírus, a China havia garantido sete pontos no grupo A, estando atrás somente da Síria com 15, no grupo ainda contam as seleções da Filipinas, Maldivas e Guam. Só o primeiro colocado de cada grupo avança para próxima fase. 


 

 
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