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31/07/2020 às 12h45min - Atualizada em 31/07/2020 às 12h37min

Tudo Bem Não Ser Normal: Entenda o conceito por trás das roupas do dorama

Figurinos expressam as personalidades e contam histórias dos personagens

Franciele Oliveira - Editado por Larissa Barros
Reprodução / tvN
Os figurinos do novo dorama da Netflix expressam a personalidade de cada personagem e contam também a história por trás de cada um deles. Além disso, as cores e a singularidade em cada roupa são usadas para dar vivacidade ao cenário.

Em uma conferência de imprensa hospedada virtualmente pela Netflix, a atriz Seo Ye-ji revelou que tentou fazer com que a personagem se expressasse através do que veste.

“Tentei focar não no personagem para estar na moda, mas em alguém que se expressa através do que veste. Eu acho que é importante entender que o que ela veste não é algo para mostrar, mas é algo que ela usa para se defender", afirmou. 

O enredo de Tudo Bem Não Ser Normal aborda de uma forma sensível e responsável a maneira como pessoas com transtornos mentais vivem. O dorama tem como protagonistas o Moon Gang Tae (Kim Soo Hyun), carismático auxiliar de enfermagem na ala de psiquiatria e Ko Moon-Young (Seo Ye Ji), uma escritora famosa de livros infantis de histórias incomuns. Ambos dispõem de traumas de infâncias, que são revelados na medida em que as suas histórias se cruzam.

Com diálogos reflexivos e cenas valiosas, a escolha das roupas usadas em cada cena também é uma das coisas que mais atrai a atenção de quem o assiste. A diretora de figurino do K-drama, Jo Sang Gyeong, explica em entrevista que a intenção de cada figurino padrão é compartilhar a história de cada personagem, além de ser usado para apresentar a personalidade. “Os figurinos foram planejados para que os telespectadores pudessem olhar para os personagens e facilmente adivinhas as suas tendências naturais”.  - Jo Sang Gyeong, em entrevista divulgada pelo drama da tvN.




No visual da protagonista Ko Moon-Young, a diretora esclarece que a intenção por trás da escolha das roupas extravagantes (com estilo gótico) é retratar o mecanismo de autodefesa. “Tem a intenção de contradizer a sua extrema vulnerabilidade por dentro”, comenta ela. Como analisado por o personagem Oh Ji-wang, diretor do hospital psiquiátrico, no drama a psicologia diz que pessoas arrumadas demais querem se proteger. “Se acham muito fracas e usam essas roupas como proteção. É como uma armadura”, explicou.



Já com relação ao estilo de Moon Gang-tae, a diretora revelou que focou no quesito de devoção e em expressar a falta de cuidado com ele mesmo, pois o protagonista sempre abre mão de aproveitar a sua vida para se dedicar a cuidar do seu irmão autista, o Moon Sang-tae (Oh Jung Se).

“Seu visual padrão é uma blusa alargada e calças velhas de cotelê. (...) Eu até mesmo pedi para que lavassem e desgastassem um pouco os figurinos para que ficassem com a aparência de que foram usados bastante”, destacou.




Cada personagem possui um figurino ligado à sua personalidade. Sendo assim, a escolha das roupas do Moon Sang-tae também foi muito pensada. De acordo com a diretora de figurino do K-drama, a escolha foi feita a partir de uma pesquisa sobre alguns artistas autistas e seus padrões de comportamento. Por isso, eles optaram por peças com repetição de estampas listradas. 
 “Eles têm a tendência de usar padrões repetitivos em seus trabalhos. Então, para expressar o diagnóstico do personagem, decidi vesti-lo com padrões repetidos de listras”, explicou.



A diretora Jo Sang Gyeong também revelou que os tons pasteis escolhidos para compor os uniformes médicos, são usados para suavizar o ambiente geral e do hospital. “O dorama tenta mostrar o hospital psiquiátrico como um local saudável e de cura – não um local assustador e arriscado à vida”. Ela também adiantou que à medida que os protagonistas forem aprofundando o romance, mudanças sutis serão feitas em seus estilos, estando relacionados ao amadurecimento de cada um. 

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