11/08/2020 às 14h46min - Atualizada em 11/08/2020 às 11h39min
Refugiados. Parte da população que vive em situação de vulnerabilidade social em tempos de pandemia
Entenda como esta parte da população tem vivido em tempos de coronavírus
Gabriela Pereira - Editado por Caroline Gonçalves
Reprodução: AFP PHOTO / Mauro Pimentel DIFICULDADES ENCONTRADAS
Além de todas as barreiras encontradas por refugiados quando chegam ao Brasil, como a falta de estrutura para receber esses indivíduos e o próprio idioma, agora essas pessoas se deparam com uma situação mais delicada.
A crise do novo coronavírus afetou toda a população brasileira, os governantes não tem tratado a situação com a necessária seriedade e o país passa por uma grande crise sanitária e econômica. Todavia, isso não muda o fato de que essas pessoas continuam a chegar e precisam ser acolhidas.
De acordo com a fundadora da Organização Não Governamental (ONG) Refugiadosudi, Kelly Nascimento, “muitos chegaram bem na época da pandemia para se refugiar no Brasil. Foi um momento complicado, chegaram sem moradias, sem alimentação e sem emprego, e a maioria ainda está nessa situação”
Muitos desses refugiados fogem de situação de extrema miséria, conflitos e crises em seus países, e com uma expectativa de uma vida mais digna chegam ao Brasil e encontram grandes dificuldades “Alguns refugiados estão precisando ainda organizar seus documentos de residência e de permanência no país, que devido à pandemia ainda não foram ajustados. Devido essa questão não conseguem emprego fixo” afirma Kelly.
Todas essas dificuldades já existiam antes da pandemia e agora estão mais acentuadas. Além do preconceito, do alto grau de vulnerabilidade social essa parcela da população que já é excluída fica ainda mais abandonada.
SOLIDARIEDADE
De acordo com Kelly, muitos refugiados têm traumas, depressão e o emocional muito abalado. Toda a ajuda recebida chega através de voluntários, nesse momento tão necessário é importante que a solidariedade se sobressaia às dificuldades.
A empatia é usada como forma de amenizar os danos causados pela pandemia a esses refugiados, uma vez que existe grande deficiência de apoio governamental.
Além disso, a falta de políticas publicas efetivas que envolvam refugiados é um assunto a ser tratado com maior seriedade, existe uma demanda grande a ser atendida e que fica a margem da sociedade.
Idioma, preconceito, desemprego e descaso governamental são alguns dos obstáculos que essa parte da população enfrenta quando ingressa no Brasil. Os refugiados sabem o que é viver em crises. É necessário que exista maior mobilização social, oportunidades e valorização cultural para essas pessoas que já sofreram tanto.
SAIBA COMO AJUDAR Para ajudar ou contribuir com a causa acesse o Site da ACNUR e faça sua doação.
Para contribuir com a ONG Refugiadosudi entre com contato com a acessoria via redes sociais ou entre em contato pelo número (34) 9943-2872