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11/08/2020 às 23h43min - Atualizada em 11/08/2020 às 23h42min

Boca a Boca: série que lembra momento atual

Espectadores comparam infecções da série e da atualidade

Luhê Ramos - Editado por Letícia Agata
Cena retirada da série Boca a Boca
A série brasileira Boca a Boca estreou em 17 de julho deste ano na plataforma de streaming Netflix. A produção é uma espécie de suspense com drama. Conta sobre quando alguns dos adolescentes de uma cidade pequena de Goiás manifestam sintomas de uma doença desconhecida. A doença é desacreditada por alguns. Espectadores relacionam-a com o momento atual. 
 
No seriado, há fortes suspeitas de que a infecção causada por um vírus misterioso é transmitida pelo beijo (ou pela saliva). Entre os infectados encontram-se, majoritariamente, jovens, os quais, mesmo depois das suspeitas da forma de contaminação, desafiam o desconhecido e fazem o desaconselhável: se beijam. Instala-se, assim, uma epidemia. 
 
Com a infecção introduzida entre si, cria-se certo pânico na população. Os personagens passam por algumas situações devido a epidemia. Muitos adolescentes que não acreditavam no vírus o fazem apenas quando infectados. Mesmo sendo desenvolvida bem antes do período em que vive o mundo hoje, é impossível não pensar em como a série criada por Esmir Filho se assemelha à situação atual. 
 
Hoje, vivemos um momento conturbado pelo ressurgimento do Coronavírus. Estamos numa era conturbada. Há informações desconexas sendo compartilhadas e descrenças pelas pessoas em informações fundamentais. Segundo a BBC, o comportamento de jovens vem aumentando o número de infectados pelo novo Coronavírus. 
 
A espectadora Ana Thereza, em entrevista, comentou sobre os jovens desrespeitarem as medidas de segurança fazendo desafios de trocar beijos na série: “Me lembrou muito as pessoas que na pandemia de Covid-19 estão indo às praias, shoppings, etc., como se não houvesse uma doença capaz de matar.” Ana falou sobre a similaridade com o descaso em relação à infecção. 
 
Victor Santos, outro espectador, observou também uma semelhança com a realidade: “A maioria dos personagens ficou preocupada, tentou se isolar. Tiveram alguns que não acreditaram”, comentou. “Isso se reflete no que estamos vivendo hoje. As pessoas não acreditam no que está acontecendo”, completou. A falta de crença preocupa sobre o aumento de casos, assim como na série. 
 
Mesmo sendo em ocasiões diferentes, é possível perceber semelhanças nas situações, como a prudência de uns contra a negligência de outros. E essa situação não é inédita. Foi dessa imprudência das pessoas nessas situações extremas (dentre epidemias sociais também) que Esmir Filho se inspirou para montar a série. A situação é repetitiva e as atitudes referentes a ela também. 

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