Jogadores do RB celebram a conquista. Foto: @DieRotenBullen)No universo do futebol existem diversas máximas. Uma delas diz que a camisa pesa e que a história intimida em jogo grande. Se isso for verdade o RB Leipzig, fundado em 2009 e estreante na maior competição entre clubes da Europa, não levou em consideração o tamanho, a história e peso da camisa do Atlético de Madrid, 106 anos mais velho que os adversários e considerado uma das maiores equipes do continente, e jogou como time grande na partida válida pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões. Os alemães venceram os espanhóis por 2x1, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, e garantiram vaga na próxima fase do torneio.
A equipe fará com o PSG uma disputa histórica para decidir quem ficará com a vaga na grande final da competição, já que nenhuma das duas equipes disputaram uma final de Champions League em suas histórias. Os franceses igualaram a melhor campanha que o clube já fez no torneio, em meados dos anos 90, enquanto os alemães vão escrevendo uma bela história logo na primeira participação. O time de 11 anos – o mesmo tempo que Neymar tem no futebol profissional – já é uma das quatro melhores equipes do campeonato e mostrou que é páreo duro e, mesmo sendo a caçula, é grande candidata ao título europeu. Aos Colchoneros, que já foram duas vezes vice-campeões da competição, fica mais uma vez o gosto amargo da frustração.
PRIMEIRO TEMPO
Levando em conta a expectativa colocada no confronto por conta das características ofensivas das duas equipes, os primeiros 45 minutos da partida deixou a desejar. O Atlético começou o jogo com as linhas de marcação no seu campo, dando espaço para o Leipzig trocar passes na defesa. Os alemães, por sua vez, aproveitaram esse espaço e com rápidas triangulações chegavam ao ataque com facilidade, mas não conseguiam tirar proveito das chegadas. Percebendo o risco que sua equipe sofria, Diego Simeone subiu a marcação e passou a pressionar mais a saída de bola alemã.
Com isso o jogo, que já estava preso no meio campo sem muitas emoções ficou ainda mais amarrado. Os únicos momentos em que os alemães tentavam levar algum perigo ao gol de Oblak e os espanhóis ao de Gulácsi eram lances de bola parada que, ainda assim, não surtiram muito efeito. Com pouca inspiração de ambos os lados o primeiro tempo terminou sem gols.
SEGUNDO TEMPO
A segunda etapa foi diferente. O jogo ficou mais rápido, com ambas equipes abrindo mão de uma postura defensiva para buscar o gol. E quem se deu melhor foi o RB Leipzig. Na triangulação pelo lado direito que mostrara que esse poderia ser o caminho do gol deu resultado: Sabitzer cruzou da direita e Dani Olmo subiu para abrir o placar aos quatro minutos da etapa final. Simeone agiu e colocou em campo João Félix, que tomou conta do jogo e assombrou a defesa alemã. Aos 24, o português invadiu a área depois de tabela com Diego Costa e só foi parado no carrinho por Klostermann. O próprio meia bateu forte no canto direito do goleiro e igualou o placar.
Os Colchoneros ficaram confortáveis com a igualdade no placar e tiraram o pé. Quando parecia que a prorrogação era uma certeza, Angeliño foi lançado na esquerda e viu Adams chegar sozinho na entrada da área. O volante dominou e bateu. A bola desviou no pé de Savic e matou o goleiro Oblak. Aos 42 minutos do segundo tempo o RB Leipzig voltava a ter a vantagem no placar.
Precisando do empate, o Atlético se lançou desesperadamente ao ataque. Os momentos finais da partida foram de ataque contra defesa. O RB não conseguiu sair do seu campo defensivo e passou dez minutos correndo atrás da bola. O treinador espanhol até tentou uma opção aérea e colocou Felipe no lugar de Koke, mas não adiantou. Vitória e classificação para a equipe do leste alemão.
PRÓXIMO CONFRONTO
O RB encara na próxima terça-feira o PSG de Neymar, Mbappé e companhia, que despachou a Atalanta. A partida será no Estádio da Luz, em Lisboa às 16h (horário de Brasília).
