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20/08/2020 às 10h17min - Atualizada em 20/08/2020 às 10h13min

‘’Não acho justa a comparação entre Domènec Torrent e Jorge Jesus’’, afirma jornalista Fabio Azevedo

Jornalista dos canais Fox Sports concedeu entrevista ao Lab Dicas de Jornalismo

Matheus Aquino - labdicasjornalismo.com
Na imagem, o jornalista Fabio Azevedo participando do Expediente Futebol, programa dos canais Fox Sports. Foto: Divulgação/YouTube
O Lab Dicas de Jornalismo entrevistou, nesta quarta-feira (20), o jornalista Fabio Azevedo, comentarista dos canais Fox Sports. Na conversa, o comunicador opinou sobre o momento do jornalismo diante da pandemia e a sua atuação na área e sobre o futebol brasileiro.

Como tem sido a sua rotina diária no jornalismo diante do momento de pandemia? Você tem feito os programas em casa, tem encontrado dificuldades ou se adequou bem?

Comentarista notável do Fox Sports, Fabio Azevedo é presença frequente em alguns dos programas diários do canal, entre eles o Bom Dia Fox e o Expediente Futebol. Contudo, diante do momento de pandemia da covid-19, o jornalista tem feito suas participações em casa, no método home office. Assim, nos relatou como tem sido esse período.

''Temos feitos os trabalhos todos de casa, todos os programas. Adaptação pra mim foi tranquila, ajustar a questão da casa mesmo, móveis, enfim. Eu já tinha todos os equipamentos, então pra mim foi tranquilo'', contou.

Por mais que o trabalho e campeonato estejam em seu início, o Vasco está em segundo lugar sob o comando do Ramon. Como você avalia o trabalho do técnico até aqui?

Anunciado em 30 de março como novo técnico do clube, Ramon tem desempenhado papel fundamental na equipe do Vasco após a demissão do ex-treinador, Abel Braga. Atualmente, o cruzmaltino ocupa a 3ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro com dois jogos a menos do líder, o Internacional.


Na imagem, o técnico Ramon comandando treino no Vasco.                                   Foto: Divulgação / Carlos Gregório /Vasco.com.br

''Sobre o Ramon, o Ramon é um técnico promissor, com ideias interessantes. Estou gostando desse início dele no Vasco. Ele apresenta algumas variações, algumas movimentações, mas o fundamental é que ele resgatou alguns valores que estavam dentro do clube: Fellipe Bastos, Andrey, Bruno César, Vinícius etc. Isso aí é importante'', disse.

Você acredita, até pelo elenco que o técnico tem em mãos, que o Vasco pode ter projeções melhores nesse ano do que Fluminense e Botafogo?

Diferentemente do Vasco, o Fluminense já fez as quatro partidas do Campeonato Brasileiro até aqui. O último duelo, na noite desta quarta-feira (19), derrota para o Red Bull Bragantino, por 2 a 1. Com isso, está na 13ª colocação. O Botafogo, por sua vez, venceu, em casa, o até então líder do torneio, Atlético-MG. Contudo, o Fogão está com um jogo a menos.

''Eu acredito que sim. Eu acredito que o Vasco possa chegar à frente de Fluminense e Botafogo. O Vasco inclusive, vejo com chances de brigar pelo título da (Copa) Sul-Americana. Uma competição mata-mata diferente'', afirmou.

Agora com a chegada do Mauricio Isla e o mais tempo de trabalho, você acredita que o Domènec Torrent pode repetir o feito de Jorge Jesus?

Na tarde desta quarta-feira (19), o Flamengo anunciou a contratação de Mauricio Isla, lateral-direito chileno de 32 anos. O vínculo com atleta é até dezembro de 2022. Com isso, o jogador ocupa a lacuna deixada por Rafinha, que acertou com o Olympiacos, da Grécia. Por outro lado, a equipe não tem apresentado um bom futebol e empatou por 1 a 1 com o Grêmio, no Maracanã.


À esquerda, Domènec Torrent, atual técnico do Flamengo. À direita, Jorge Jesus, atual treinador do Benfica. Foto: Reprodução/ESPN

''Você não precisa pensar em igualar o trabalho do Jorge Jesus. Mas, acredito que com o tempo, o Domènec Torrent vai conseguir mostrar a sua capacidade. Claro que a comparação é inevitável, mas não acho justa. Mauricio Isla, é claro que melhora o elenco do Flamengo, então é uma boa chegada, com certeza'', comentou.

Nesse momento, qual a sua visão em relação aos treinadores brasileiros? Luxemburgo tem sido extremamente criticado no Palmeiras, assim como Diniz no São Paulo e Tiago Nunes no Corinthians, por exemplo.

''Eu acho que a questão de ser treinador bom ou ruim não tem nacionalidade. Então assim, Luxemburgo tá sendo criticado porque o Palmeiras está jogando mal, não porque ele é brasileiro. Diniz da mesma forma. O Domènec está sendo contestado e não é brasileiro; O Jesualdo, no Santos, foi contestado; O Dudamel, no Atlético-MG, foi contestado, e eles não são brasileiros. A questão é que os treinadores, como um todo, precisam evoluir sempre, como em qualquer profissão. O legado que ficou do Jorge Jesus é o resgaste do DNA do jogador brasileiro: atacar, e não de defender. Agora, não adianta ser como o Sampaoli: sabe atacar muito bem, mas defende muito mal'', finalizou.

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