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28/08/2020 às 19h26min - Atualizada em 28/08/2020 às 19h23min

É do Brasil: tecnologia brasileira empregada em sacos de lixo é capaz de inativar o novo coronavirus

Fernanda Silva - Editado por Camilla Soares
Valdir dos Santos
foto: reprodução/internet
O Instituto de Biologia da Universidade de Campinas (UNICAMP), aprovou nesta última semana, a tecnologia de uma empresa brasileira à ser futuramente usada em sacos de lixo que tem a propriedade de inativar o novo coronavirus e outros vírus da mesma classe. Testes realizados por pesquisadores da UNICAMP mostraram que, a capacidade viral do produto foi capaz de inativar 99,9% das estruturas das células, a universidade conta que a tecnologia é inédita, sendo usado na fabricação do plástico um potencial agente para destruir o vírus.

“É um projeto muito interessante. A tecnologia é brasileira e foi incrível observar a capacidade antiviral que o produto tem. O maior benefício disso é para nós, usuários, que podemos levar o saco de um lugar para outro sem risco. O vírus foi totalmente inativado e a contaminação entre a embalagem e o usuário é eliminada. Outra contribuição é que o produto usado para remover o vírus fica no plástico de maneira permanente", disse a professora ao G1.

A empresa brasileira responsável pela produção do “embalixo antivírus”, prevê que já esteja disponível nas próximas semanas. Com filiais em São Paulo (SP) e em Manaus, a empresa conta que o procedimento consiste em adicionar já na produção um composto sendo uma espécie de aditivo de antisséptico, no qual age inativando as proteínas e a gordura do vírus, o inativando por completo.

A tecnologia brasileira é inédita, e a empresa já espera produzir mais produtos frutos dessa tecnologia, como aventais para serem usados por profissionais da linha de frente ao enfrentamento da covid-19. Para os catadores de materiais recicláveis, a tecnologia chega pra “revolucionar” o cenário da pandemia, como conta o coletor de lixo Valdir Santos.“Isso chega pra ajudar né, as pessoas que trabalhavam com limpeza urbana estavam expostas ao vírus.”

Seu Valdir também conta sobre as dificuldades e o medo em época de pandemia. “A gente tinha medo, embora a gente pedia pro pessoal separar o lixo de familiar infectado, ainda dava medo de fazer o manuseio incorreto, sem contar que muitas pessoas nem sabiam que estavam infectados e assim a gente também não tinha como saber”.

Os novos sacos plásticos para lixo serão produzidos na cor cinza para assim ser facilmente identificado por profissionais da limpeza urbana e consumidores. Os fabricantes alertam que, embora o produto funcione com eficiência comprovada, não se pode descartar o uso de proteção individual como luvas, mascarás e o uso de álcool em gel. Alerta também para o fato de após descartar o lixo lembrar de lavar bem as mãos com água e sabão.
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