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29/08/2020 às 13h38min - Atualizada em 29/08/2020 às 12h59min

Michael Jackson: hoje o Rei do Pop faria 62 anos

Relembre um pouco sua trajetória na música e vida pessoal

Gustavo Domingos - editado por Luhê Ramos
Nesse sábado (29), o cantor norte-americano Michael Jackson completaria 62 anos de idade. No entanto, como todos sabem, em 25 de junho de 2009 o “Rei do Pop” nos deixou. Ele foi vítima de uma overdose de fármacos, que o astro consumia diariamente. Por outro lado, Michael Jackson foi um músico espetacular e transformou totalmente o meio musical, não só com suas canções, mas também com seus passos e danças inesquecíveis.

Por esses motivos e por outros, nada mais justo do que lembramos um pouco da história do
Rei do Pop. Recordaremos desde sua infância, já conturbada com uma fama precoce nos “The Jackson Five”, até sua vida adulta, destacando o seu auge na carreira e polêmicas pessoais.  
 
O início da carreira e os The Jackson Five
  
Michael foi o sétimo filho de Joseph e Katherine Jackson. A família Jackson era humilde, tinham apenas uma pequena casa com dois quartos, na qual era sustentada por Joe Jackson, que trabalhava em uma usina siderúrgica. No entanto, além do trabalho formal, Joe tocava guitarra e tinha pretensão de torna-se empresário musical. Dessa forma, um dia qualquer ele viu que seus astros estavam debaixo do seu nariz e assim iniciou os “The Jackson Five”.

                                             
 
Em 1964, Jackie, Tito, Jermaine, Marlon e Michael Jackson se apresentam pela primeira vez. Pouco tempo depois, assinaram um contrato com a gravadora Motown Records. Não demorou muito para alcançarem o topo musical, uma vez que Michael tornou-se o vocalista principal do conjunto. Em 1969, a música “I Want You Back” explodiu nas paradas, seguida por “I'll Be There” e “ABC”, ambas em 1970.
 
Entretanto, nem tudo era um mar de rosas e sucesso para os garotos. Há diversos relatos e depoimentos que Joe Jackson batia frequentemente em seu filhos e os assustava psicologicamente. Nos ensaios, seu pai ficava com o cinto na mão. Qualquer erro de um dos membros poderia gerar violência de Joe. Em 1993, Michael disse em entrevista para Oprah Winfrey que chorava constatemente e chegava a vomitar ao ver seu pai.

                                         
 
Em suma, o grupo gravou 15 álbuns. O primeiro a seguir carreira solo foi Jermaine. Durante um tempo, Michael ficou entre trabalhos solos e ainda com o grupo, especialmente por pedidos de sua mãe. Go To Be There (1972), Ben (1972), Music & Me (1973) e Forever Michael (1975), estão entre os trabalhos solos do cantor, sendo que ainda participava do grupo.
 
Carreira solo

Em 1979, Michael Jackson iniciou sua carreira solo com o disco ”Off the Wall”, que vendeu cerca de sete milhões de cópias. Porém, o triunfo viria nos próximos anos. Logo em 1982, é lançado “Thriller”, que hoje é nada mais que o álbum mais vendido de toda história musical. Ademais, no projeto continha músicas eternizadas como “Billie Jean”, “Beat It” e “Thriller”. Ainda mais, Michael investiu em vídeoclipes, uma forma que após feitos dele, tornou-se essencial para atingir maiores públicos.

                                         

Posteriormente, seu álbum foi “Bad”, lançado em 1987. Antes disso, é válido lembrar alguns detalhes de Michael entre esses álbuns. Foi em 16 de maio  de 1983, no especial de 25 anos da gravadora Motown, que Michael cantou “Billie Jean” e fez pela primeira vez um passo em que se deslocava para trás enquanto seus pés pareciam mover-se na direção oposta. O passo foi batizado de moonwalk (passo lunar), uma vez que dava a impressão que Michael flutuava sobre o palco. 


Além disso, em 1985, Michael se juntou a Lione Richie e Quincy Jones para arrecadar fundos ao “USA for Africa”. Em um dia, com a letra de Michael e a melodia de Richie, “We Are The World” estava completa e formariam um grupo de 44 cantores, sendo metade afro-americanos e a outra norte-americanos. O projeto foi um sucesso e arrecadou 200 milhões de dólares.

                                           

Já em 1987, como já citado, o cantor lançou o álbum “Bad”, que vendeu mais de 25 milhões cópias. Além disso, os clipes foram fortes, como havia sido no anterior. Além de “Bad”, consta no disco “Smooth Criminal” e “Man in The Mirror”. No ano seguinte, é construído o inusitado parque de diversões do artista para crianças, o “Neverland” (Terra do Nunca). Em 1991, sai o álbum “Dangerous”, que já não teve tanto impacto com os antecessores, mas conta com “Black or White”, que foi um sucesso, além de seu videoclipe com o ator Macaulay Culkin.

No ano de 1992, o rei do pop fundou a “Heal The World Foundation”. A organização ajudava milhões de crianças pelo mundo. Nos anos seguintes começariam as conturbações pessoais de Michael. Em 1993, o astro foi acusado de pedofilia, pela família de Jordie Chandler, um garoto de 13 anos. O cantor negou as acusações, porém pagou cerca de 20 milhões para a família do garoto. Assim o processo foi encerrado. Após a polêmica, Michael deu a volta por cima e cantou no intervalo do Super Bowl XXVII, o qual foi tão fantástico sua apresentação, que pela primeira vez o show do intervalo teve um pico maior de audiência que o próprio jogo.

                                             

Por resposta as acusações de abuso de crianças ou não, Michael se casa no ano seguinte com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. Um ano depois, em 1995, é lançado “HIStory: Past, Presente and Future - Book I”. Foram dois discos, o primeiro com 15 músicas consagradas do cantor. Já o segundo com canções inéditas. O clipe do single “Scream” foi o mais caro da história, custando cerca de 7 milhões de dólares. Durante a divulgação do álbum, Michael veio para o Brasil e gravou nas ladeiras do Pelourinho, com a banda Olodum a canção “They Don’t Care About Us”.

Após menos de dois anos de casamento, Michael se divorcia de Lisa. Logo depois, casa-se com Debbie Rowe, uma enfermeira. Em 1997, nasce seu primeiro filho Prince Michael Jackson. Um ano depois nasce Paris Michael Katherine. Porém, em 1999 o cantor se divorcia novamente. Esses anos não foram nada fácil para o músico. Na tentativa de uma retomada, em 2001 ele lançou “Invincible”. O álbum teve dificuldades, uma vez que havia uma luta entre Michael e a Sony. Mesmo com esses problemas, o disco vendeu 12 milhões de dólares e tornou-se o álbum mais caro da história.

Os seguintes anos do cantor foram feitos através de discos de coletâneas e compactos. Somente em 5 de março de 2009, Michael Jackson anunciou em Londres sua volta aos palcos. O “This Is It” teria uma série de 50 shows, que iniciaria em 13 de junho, no O2 Arena, em Londes. No entanto, em 25 de junho de 2009, Michael veio a falecer devido a uma overdose de fármacos.

                                          

No livro “Intocável: a estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson”, Randall Sullivan (autor do livro) entrevistou o médico legista que realizou a autópsia no cadáver do cantor, e entra em detalhes: “Uma bandagem cobria um nariz tão dilacerado que, sem a prótese, parecia ser pouco mais do que um par de narinas levemente rugadas. O Dr. Rogers e seus assistentes contaram treze perfurações no corpo, espalhadas de um lado do pescoço até os dois braços e os dois calcanhares, indicando aplicações recentes de agulhas”.

Dessa forma, foi descoberto o vício e necessidade de medicamentos para Michael. Ele não estava bem, mas tentaria outra turnê, mesmo sem condições físicas. A razão disso é que não havia mais dinheiro, devido sua péssima administração. Por fim, Michael terminou sua vida de forma frustrada, sonhando em alavancar sua carreira, porém se viu sem forças para essa retomada.

Legado

Falar do legado de um dos maiores artistas do planeta, que com certeza para alguns, foi o maior, é fácil. Os números falam por si. O seu álbum “Thriller” é o mais vendido da história e o astro detém outros recordes, mais que qualquer um artista que já passou por esse mundo. Além disso, sua revolução na dança e na maneira de fazer propaganda para alavancar seus discos foram fantásticas e são usadas como exemplos até hoje.

Em suma, em algum momento Michael deixou sua vida pessoal conturbada, com isso, sua carreira foi afetada e tornou-se uma figura polêmica. Porém, analisando apenas o artista profissional Michael 
Jackson, as falhas são quase que inexistentes, logo o nome de “Rei do Pop” não é nenhum exagero para esse cantor que se transformou em uma lenda. Sem dúvidas, Michael Jackson é eterno.

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