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30/04/2019 às 10h57min - Atualizada em 30/04/2019 às 10h57min

Crítica: Yaimishibai: Japanese Ghot Stories

Carolina Rodrigues - Editado por Bárbara Miranda
FONTE: Crunchyroll
Ficha técnica
Nome: Yamishibai: Japanese Ghost Stories
IMDb: Toda semana, às cinco da tarde, um homem com uma máscara amarela aparece num parquinho e conta histórias sobre fantasmas baseadas em mitos e lendas urbanas japonesas para crianças. o homem conta as histórias sobre sua bicicleta usando o tradicional kamishibai.
Lançamento: 2013-
Gênero: anime, terror
Temporadas: 7
Quantidade de episódios: 78
Estúdio: ILCA
  
Yamishibai é um trocadilho entre “yami”, que significa trevas e “shibai” de kamishibai, teatro de rua feito com papel – arte qual a série se inspira para desenvolver a tensão dos seus episódios. O anime é composto por episódios independentes com cerca de 4 minutos cada. Cada história é baseada em elementos e superstições da cultura japonesa.

O primeiro capítulo da série, “A Mulher do Talismã” (T1E1), traz como referência os talismãs chamados ofuda. Na cultura japonesa, esse item carrega um feitiço escrito num pedaço de madeira ou num papel. De acordo com a tradição, o amuleto protege a família e traz boa sorte, por isso não deve ser removido e jogado fora.

Já em outro episódio, acompanhamos três estudantes tentando realizar um ritual para “Invocar o grou” (T4E10). A brincadeira permite a comunicação com os mortos, numa espécie de ouija japonês. As meninas resolvem falar com o professor Nakayama, amante de histórias de terror, que subitamente parou de ir à escola.

E é claro que tudo dá errado nos dois episódios citados.

Yamishibai conta a história de pessoas comuns em suas ações rotineiras e nos mostra que ninguém está imune ao terror. São casais, empresários, mulheres e até mesmo crianças aterrorizados por figuras estranhas, maldições e objetos amaldiçoados.

Entretanto, a série flutua entre o bom e o ruim. Enquanto a primeira temporada consegue alcançar o terror suficiente para nos fazer ficar atordoados, a terceira peca no exagero de monstros deformados jogados à tela, o que na verdadeira, em certo momento, deixa a série mais cômica do que aterrorizante.
 

Episódio "Carrossel" (T3E10) | FONTE: print screen 

A quarta temporada, por sua vez, aposta na troca de vozes entre os episódios – com mais narração a e menos falas dos personagens – e imagens em live action para tentar recuperar o público.

É apenas entre a quinta e sexta temporadas que Yamishibai consegue encontrar a dose certa entre suspense e terror. A dosagem perfeita é encontrada nos episódios com histórias mais melancólicos, balanceando tensão, expectativa e tristeza.

Como no episódio “Tirar a sorte” (T5E10). Após sair do trabalho, um homem tem a volta para a casa interrompida devido à chuva. Enquanto decide como fará para voltar, ele encontra uma menina que tira a sorte através das pétalas de flores. 
 

“Eu sempre tiro a sorte certa” | FONTE: print screen

Yamishibai tirou a sorte certa nas últimas. A série está em hiatos desde a sexta temporada, em 2017. Entre acertos e vacilos, Yamishibai conseguiu reencontrar a fórmula certa para amedrontar o público, por isso esperamos que essa pausa não seja um fim definitivo.


REFERÊNCIAS:

STEFANY, Pâmela. #29 OFUDA. Disponível em:<https://terrorjapanese.wordpress.com/2014/04/11/29-ofuda/>. Acesso em: 27 de abril de 2019.
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