O jornalista Chris Jones escreveu um artigo para a revista Esquire sobre a rotina do astronauta Scott Kelly.
Scott estava envolvido em uma missão que ainda era um dos primeiros passos na direção de uma visita humana a Marte, lá ele permaneceria por um ano na estação espacial, um tempo considerado extremamente longo e perigoso justamente por ser contínuo.
O artigo era bem detalhado, falava sobre as questões higiênicas, sobre os vários problemas provocados pela gravidade como a Síndrome Ocular que pode deixar cegos principalmente os homens e falava também sobre o medo do fogo, sobre as pressões psicológicas e sobre ficar longe da família em momentos tão importantes. O nome desse artigo eraAway.
A série que estreou na Netflix em 4 de setembro, foi criada por Andrew Hinderaker, inspirado nesse artigo quase que fielmente.
Conta a trajetória de astronautas da Nasa que vão pela primeira vez a Marte. O artigo foi escrito em 2014 e a série produzida no ano passado, um período em que já é possível enviar astronautas ao planeta vermelho.
A viagem levaria no mínimo três anos, mas tinha ali os melhores astronautas do mundo. Vale comentar que na história esse momento só foi realmente possível de acontecer pela união internacional.
O Scott do artigo, na telinha é representado pela protagonista Hilary Swank que interpreta Emma Green americana comandante do grupo que é bem diversificado e tem muitos momentos de tensão. Nessa jornada está a química chinesa Lu (Vivian WU), o engenheiro russo Misha (Mark Ivanir), o copiloto indiano Ram (Ray Panthaki) e o botânico ganês Kwesi (Ato Essandoh).
Você deve estar se perguntando, que destino da “culpa” é esse?
Acontece que, a temática que atraiu a muitos pelo gênero de ficção cientifica, decepcionou um pouco por tratar mais sobre relações pessoais do que focar na missão em si.
A própria protagonista Emma que é comandante da missão, entra em grandes conflitos emocionais reforçando o estereótipo da sensibilidade das mulheres e fica muito melo drama no espaço. Ela se sente culpada quase que o tempo todo por ter deixado o marido e a filha e até pensa em abandonar a missão. Chega uma hora que fica irritante o comportamento dela.
Alguns clichês e estereótipos são desnecessários, principalmente porque se estavam os melhores astronautas do mundo nessa missão, minimamente deveriam ter mais controle emocional. Fora isso, é muito bem produzida e vale a pena assistir. Você concorda? Deixe aqui seu comentário.