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21/10/2020 às 10h59min - Atualizada em 21/10/2020 às 10h52min

Turismo pode sofrer perda de R$18 bilhões neste ano

Mesmo com brasileiros se planejando para viajar, previsão é de déficit no turismo

Juliana Neves - Alexandra Machado
Foto: Freepik
Depois de alguns meses com o setor de turismo estagnado no Brasil, em razão da pandemia de coronavírus, os planejamentos de viagens estão voltando a normalizar de modo gradual. Mas, segundo a pesquisa do IPC Maps, o segmento do turismo sofrerá prejuízo de 25% até o final do ano.
 
A pesquisa é especializada em potencial de consumo dos brasileiros que também aponta que a população irá gastar, neste ano, R$53,7 bilhões em alimentação, hospedagem, passagens áreas e de ônibus, combustível e excursão contra R$71,6 bilhões referente ao gasto do ano passado.
 


Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, explica que “a representatividade do potencial de consumo de turismo (potencial de consumo de viagens) em relação ao total do consumo é de 1,3%, ou seja, o potencial de consumo de R$ 53,8 bilhões sobre o total do consumo urbano de R$4,145 trilhões em 2020”.
 
Antes da pandemia, a participação de despesa com viagens dos brasileiros era de, aproximadamente, 1,6% e agora, em 2020, caiu para 1,3%. “As pessoas ficaram em casa por um longo período, uma série de países se fecharam para receber turistas e, pelo fato de as companhias aéreas cortarem inúmeros voos nacionais e internacionais, são ações responsáveis por este déficit”, fala Marcos.
 
Estes dados mostram a realidade de que durante o período rígido de isolamento social houve o fechamento de muitas grandes empresas, causando desemprego e perda de renda da população. E isso afeta, segundo Pazzini, os itens que não são considerados necessários, como a despesa com viagens.
 
A previsão para 2021 é que o potencial de consumo total e de consumo com viagens voltem a ter crescimento ao serem comparados com os dados deste ano. Porém, a participação de 1,3% em despesas totais, relacionada com viagens, pode ser mantida por algum tempo.

Regionalização

Em uma visão regional e por classe social, ao total, a região Norte, de acordo com os dados da IPC Maps, contabilizou mais de R$4 bilhões gastos em viagens em 2019 e R$ 3,54 bilhões em 2020. Uma diferença de R$503 milhões com variação de -12,5%.
 
A região Nordeste consta o valor de R$12,50 bilhões gastos com viagens em 2019 e R$7,75 bilhões em 2020. Diferença de R$4,74 bilhões com variável de -38%.
 
O Sudeste, com os números mais altos da pesquisa, registrou R$35 bilhões para viagens em 2019 e R$29 bilhões em 2020. Dado variável de -17,2% e R$6 bilhões de diferença.

Sul contabilizou R$13,27 bilhões em 2019 e R$8,63 bilhões em 2020, com -35% de variável e R$4 bilhões de diferença.

Por fim, a região Centro Oeste registrou R$6,79 bilhões em 2019 e R$4,82 bilhões em 2020, tendo -29% de variável significando, aproximadamente, R$2 bilhões de diferença.



 

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