Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
06/05/2019 às 11h59min - Atualizada em 06/05/2019 às 11h59min

Em evento na CBF, profissionais discutem futuro das transmissões esportivas na internet

A Semana de Evolução do Futebol Brasileiro reuniu gestores da DAZN, Globo, Facebook, LiveMode e MyCujoo

Bernardo Nascimento - Editado por Amanda Cruz
Convidados debatem sobre o tema ao final das apresentações - Foto: Bernardo Nascimento.
As novas tecnologias tomaram conta da vida social de milhões de pessoas pelo mundo inteiro e também começaram a afetar o ambiente esportivo. O mais novo meio de assistir a jogos de diferentes esportes é através de plataformas digitais. No fim do mês de abril, a sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Rio de Janeiro, recebeu grandes nomes deste novo mercado em ascensão para discutir sobre o tema, são eles: o CEO da DAZN, Bruno Rocha; o Head de Direitos Esportivos do Grupo Globo, Fernando Manuel; o Head de Esportes para a América Latina do Facebook, Leonardo César; o fundador da LiveMode, Edgar DIniz; e o CEO da MyCujoo, João Presa. Todos colaboraram e trouxeram suas diferentes visões sobre os novos modelos de se produzir conteúdo esportivo e debateram sobre o futuro das transmissões. Vejamos alguns destaques da 3ª Semana de Evolução do Futebol Brasileiro:

Bruno Rocha (CEO da DAZN)

A DAZN chegou para revolucionar a maneira de se consumir conteúdo esportivo. Investindo forte na compra de direitos esportivos e na divulgação da sua plataforma digital, a empresa já adquiriu diversos campeonatos, entre eles os Campeonatos Italiano e Francês, e mais recentemente, a série C do Campeonato Brasileiro.

 
"São dois os grandes desafios. O primeiro é forçar a mudança de hábito, as pessoas já estão muito acostumadas a consumir o esporte, o conteúdo favorito delas nas vias tradicionais, por canais lineares, por canais que você acaba voltando por hábito. E o segundo desafio é infraestrutura do país. A gente já sabe que em algumas regiões talvez a experiência não vai ser tão agradável, a imagem não vai ser em alta definição e a gente acredita que a infraestrutura vai evoluir rápido também e em breve a experiência do usuário vai ser em altíssima qualidade no país inteiro", explicou Bruno Rocha.

Fernando Manuel (Head de Direitos Esportivos do Grupo Globo)

O Grupo Globo faz parte da chamada mídia tradicional, mas não está ficando para trás no novo mercado digital. A maior emissora de televisão do país, já conta com o SporTV Play e o Premiere Play que são plataformas para o usuário assistir os jogos no computador ou no próprio celular.

 
"Eu vejo isso, na realidade, como algo que está fundido, que está absolutamente conectado. Uma empresa dita mídia tradicional como a Globo já possui uma série de iniciativas dentro da nova mídia e não poderia ser diferente para atender os anseios tanto do consumidor quanto dos seus parceiros. No caso, parceiros do mundo do esporte como a CBF e os clubes", disse Fernando.

Leonardo César (Head de Esportes para a América Latina do Facebook)

A rede social mais popular do mundo não ficou atrás das demais e entrou de cabeça nesse mercado. O Facebook se baseia na sua grande quantidade de usuários para divulgar esse novo investimento da empresa. Recentemente jogos já começaram a ser transmitidos em parceria com canais de televisão, como partidas da Champions League e da Copa Libertadores, duas das maiores competições continentais do mundo.

 
"Acho que a CBF está dando um exemplo pro Brasil com esse evento, muita gente importante vindo aqui e é um privilégio estar participando. Acho muito importante para discussão como um todo. A gente está vivendo um momento de muita transformação, muita gente nova entrando no mercado", comentou Leonardo. 

Edgar Diniz (fundador da LiveMode)

A LiveMode foge um pouco das gigantes de transmissão e foca na distribuição dos direitos de imagem de clubes e campeonatos. A empresa é especializada em aumentar a presença digital dessas federações pelo mundo. O maior case de sucesso é a Copa do Nordeste, que é toda distribuída pela LiveMode de diversas maneiras e arrecadações pelo Nordeste.

 
"É fundamental pra CBF, para os clubes e federações pensarem no futuro e como constroem esse futuro com essa mudança digital que está acontecendo",  falou Edgar. 

João Presa (CEO da MyCujoo)

Talvez a mais diferente, mas com o mesmo pensamento, a MyCujoo é focada em campeonatos amadores ou de menor expressão. A linha da empresa é de seguir em plataformas digitais para aumentar o alcance de suas transmissões, possibilitando que as pessoas assistam aos jogos em qualquer lugar.

 
"Quanto mais conteúdo é produzido, quanto mais conteúdo chega aos fãs, isso vai eventualmente acontecer e a realidade é essa", explicou o português.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »