07/05/2019 às 12h04min - Atualizada em 07/05/2019 às 12h04min
Protagonistas fodas em jogos eletrônicos
Carolina Rodrigues - Editado por Bárbara Miranda
Lara Croft é referência quando falamos sobre personagens femininas fortes | FONTE: Manual dos Games Samus Aran (Metroid, 1986)
O primeiro jogo da franquia Metroid foi lançado há muito tempo, em 1986, para o console NES. Nele, acompanhamos a protagonista Samus Aran, caçadora de recompensas.
O jogo é embletático por ser um dos primeiros jogos a trazer uma personagem feminina como protagonista. Muitos jogadores só foram descobrir que Samus era mulher no final do jogo. O erro fatal de Metroid foi tirar as roupas da personagem de acordo com o desempenho do jogador. Se o game fosse completado em até três horas, ela aparecia no final usando um maiô. Se terminasse em até uma hora, Samus aparecia de biquíni e botas. Transgressor a medida em que trouxe uma mulher protagonista vestida de forma verossímil, com uma armadura que realmente a protegia, feita a partir da carcaça de alienígenas, Metroid peca ao alimentar o fetiche masculino da comunidade gamer.
Amanda Ripley (Alien Isolation, 2014)
FONTE: Bloody Disgusting
Numa expedição espacial survival horror, Samuels e Taylor acompanham Amanda em busca da mãe Ellen Ripley. Só com essa pequena descrição já dá para entender que não tem como Amanda não ser tão fodástica quanto a mãe.
Mesmo na companhia de um xenomorfo e androides bizarros, Amanda utiliza seus conhecimentos em engenharia para tentar escapar da devastada estação Sevastopol.
É notável que, pela natureza survival horror do jogo, Amanda não vai salvar o mundo, mas tentar sobreviver, por meio de inteligência. É uma mudança que traz diversidade para os games inspirados pela franquia - IGN
Em janeiro o Twitter oficial da série Alien postou um tweet sobre Amanda. O que será que vem por aí?
Lara Croft (Rise of the Tomb Raider, 2015)
A história de Lara Croft é antiga, permeando espaço no mundo dos games desde 1996. Hoje, ela é uma das personagens de vídeo games mais conhecidas no mundo. A caçadora de artefatos e relíquias, inspirada em Indiana Jones, ganha papel de destaque como mulher ousada, aventureira e independente.
O último jogo, contudo, tem um aspecto diferente. Conforme o passar dos anos, além da evolução dos gráficos, Lara ganhou formato menos sexualizado em comparação aos jogos anteriores da franquia.
No ano de lançamento, a roteirista do jogo, Rhianna Pratchett, afirmou que Lara mantinha a essência, dessa vez menos sexualizada. De acordo com ela, as curvas extremamente marcadas e desproporcionais faziam parte de uma estratégia de marketing, agora, modificados para atender as demandas de um público que se sentia incomodado e objetificado.
Aloy (Horizon Zero Dawn, 2017)
Aloy é uma guerreira corajosa, habilidosa e muito carismática. Em
Horizon Zero Dawn, acompanhamos sua jornada em busca de respostas sobre seu passado, num mundo pós-apocalíptico cheio de criaturas mecanizadas.
Horizon Zero Dawn é um jogo marcante.
Aloy foi muito bem desenvolvida. O jogo ganha pontos extras porque também traz diversas mulheres como líderes, comerciantes, foras da lei e outros papéis que não costumam ser atribuídos as mulheres. Afinal de contas, mulheres podem ser o que bem quiserem.
Mortal Kombat 11 (2019) A excelência que
Mortal Kombat 11 nos trouxe foi a readaptação das personagens. Jogos não são apenas divertimento, mas também reflexos da sociedade em que vivemos. É preciso atender todas as demandas para sobreviver na indústria e
MK 11 percebe isso ao trazer personagens remodeladas – até porque é impossível ter poderes incríveis, mas não ter uma armadura mínima para se defender.
A objetificação da mulher é coisa do passado. E é interessante notar como a mídia vem se mobilizando a fim de acompanhar essa mudança, para, então, evoluir e abranger um público que a cada ano cresce mais e mais.
Para entender melhor o que aconteceu com
MK 11, você pode ler a matéria principal clicando
aqui!
REFERÊNCIAS:
VASCONCELLOS, Paulo.
Saudades de Metroid? Veja curiosidades e polêmicas da franquia. Disponível em:<
https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2016/04/saudades-de-metroid-veja-curiosidades-e-polemicas-da-franquia.html>. Acesso em 4 de maio de 2019.
PEREIRA, Aline.
Minas nos games: 12 protagonistas femininas mais marcantes nos jogos. Disponível:<
https://minasnerds.com.br/2017/01/13/minas-nos-games-12-protagonistas-femininas-mais-marcantes-nos-jogos/>. Acesso em 4 de maio de 2019.
PRATA, Dori.
Roteirista diz que sexualização da Lara Croft ficou no passado. Disponível em:<
https://meiobit.com/330748/roteirista-diz-que-sexualizacao-da-lara-croft-ficou-no-passado/>. Acesso em 4 de maio de 2019.
BASEGGIO, Renate. [
GAMES] Horizon Zero Dawn: Diversidade e Protagonismo Feminino em um Mundo Pós-Apocalíptico. Disponível em:<
https://deliriumnerd.com/2017/03/16/games-horizon-zero-dawn/>. Acesso em 4 de maio de 2019.
GASI, Flávia.
As 19 mulheres mais poderosas dos games. Disponível em:<
https://br.ign.com/retro/7486/feature/as-19-mulheres-mais-poderosas-dos-games>. Acesso em 4 de maio de 2019.