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04/11/2020 às 19h17min - Atualizada em 04/11/2020 às 19h12min

Relato de viagem: sozinha em Paris

Dayane Campos - Alexandra Machado
Mariana Teixeira
Freepik

Mariana Teixeira tinha completado 18 anos quando foi chamada para se alistar no exército português e resolveu esticar sua viagem para Paris. A jovem que agora tem 21 anos conta como foi sua experiência sozinha na cidade do amor.

 
  • De onde surgiu a ideia de viajar sozinha?

Nunca foi um sonho viajar sozinha e nem foi uma meta, foi apenas um acaso. Sempre assisti muitos vídeos de viagem, tive contato com quem viajava com frequência e ouvia depoimentos bons sobre conhecer lugares sozinha. Mas o maior impulso foi por não ter pessoas para ir comigo por falta de dinheiro, então como eu tinha resolvi simplesmente ir e não me arrependo.

 
  • Como se planejou para isso? 

Não planejei na verdade. Eu tenho nacionalidade portuguesa, então, quando fiz 18 anos, eu recebi uma carta do exército para me alistar e eu precisava resolver isso, ou perderia a nacionalidade. Eu tinha que ir para Portugal e quando tudo estava se encaminhando voltou à minha mente o sonho de conhecer Paris. Então, aproveitei o ocorrido e resolvi esticar a viagem. Aproveitei o dinheiro de uma viagem que não aconteceu e acrescentei essa rota extra. A última coisa que eu vi foi o hotel, apesar de ter passagem comprada e não aconselho. Por sorte eu consegui um hotel barato na esquina do Arco do Triunfo. Foi a primeira viagem que eu banquei.

 
  • Quando você fez a viagem?

Fiz em junho de 2018, tinha acabado de fazer 18 anos. E uma dica que dou é pensar na época da viagem e se preocupar se não terá algum feriado, porque os pontos turísticos e muitos lugares podem estar fechados.

 
  • Como foi a experiência?

Foi de altos e baixos. Antes de embarcar eu estava muito ansiosa e no dia eu me sentia estressada e sem fazer nada com foco.  E uma coisa que percebi é que viajar sozinha é engraçado porque você precisa ter contato com as pessoas e o meu primeiro foi com uma espanhola em um voo com turbulências, mas a gente conversou e pedimos um vinho para acalmar. Eu conheci pessoas para almoçar na viagem e eu tive muita sorte por isso, porque eu só tinha 18 anos. 

 
  • Quais lugares você mais gostou de conhecer?

O Museu do Louvre, que não dá pra visitar todo, mas é muito bonito. O mais clássico que eu gostei foi a Torre Eiffel. É encantador subir lá e ver a cidade toda de cima. Também fiz um piquenique embaixo da Torre no mesmo dia vendo o pôr do sol, acompanhei pedidos de casamento sozinha no lugar mais romântico do mundo.

 
  • O que você diria para quem nunca pensou em viajar sozinho?

É um pouco difícil para quem não está acostumado a tomar decisões e isso será necessário. A gente tende a romantizar muito, então você vai querer estar com alguém e é necessário pensar que está tudo bem estar sozinha e que dá para aproveitar. Você aprende a ter mais responsabilidade, mais segurança e confiança para tomar decisões para você. E acho necessário fazer uma viagem assim pelo menos uma vez na vida. O mais interessante é que eu sempre me idealizei indo para Paris com alguém e agora eu penso em ir sozinha para qualquer lugar.

 
  • Passou por algum momento difícil?

O que mais passei foi perrengue, não sabia a língua do país, mas arriscava algumas saudações em francês e falava inglês. Mas eu passei muito perrengue por não parar para converter os valores, então eu passei a viagem toda tomando água da torneira nas ruas, até saber que Paris tinha um sistema de água limpo. 

 
  • Opinião final

Voltei mudada, crescida e tive contato com outras culturas, pessoas e vi como era conhecer um pouco da Europa e seus costumes. Eu não tenho outro planejamento de viajar sozinha, a menos que alguém não possa ir comigo. Porém, tenho vontade de fazer uma viagem sozinha não programada de novo.

 

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