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05/11/2020 às 11h59min - Atualizada em 05/11/2020 às 11h54min

Análise: O primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro

A primeira metade da competição se encerrou nesta semana com muitas surpresas

Anna Voloch - editado por Thamyres Pontes
Jogadores da líder Chapecoense em comemoração após gol. (Foto: Reprodução/Márcio Cunha/ACF)
Na última segunda-feira (2), a Série B do Campeonato Brasileiro chegou ao fim do seu primeiro turno. Em 19 rodadas, a líder Chapecoense e o lanterna Oeste fizeram campanhas condizentes com suas posições na tabela. A classificação conta com surpresas no G-4, em relação às expectativas da imprensa e a inesperada campanha do Cruzeiro. O segundo turno tem início na próxima sexta-feira (6),às 19h15, com três jogos abrindo a rodada.
 
Ao longo destes 19 jogos, o G-4 passou por grande movimentação. Times como Paraná, CSA, CRB, Operário-PR e Ponte Preta já passaram pelas posições que levam ao sonhado acesso. Atualmente, as equipes que conseguiram se firmar nas quatro primeiras colocações são: Chapecoense, Cuiabá, América-MG e Juventude. Já o Z-4, também movimentado com passagens de Guarani, Cruzeiro, Confiança e Sampaio Corrêa, atualmente possui Náutico, Figueirense, Botafogo-SP e Oeste correndo risco de rebaixamento para a Série C.
 
DESTAQUES
 
A Chapecoense, atual líder isolada da competição, com 40 pontos, é o grande destaque deste primeiro turno. O Verdão do Oeste possui a quarta melhor campanha da história da primeira metade da Série B, atrás apenas de Vitória e Criciúma, em 2012, e Palmeiras, em 2013. Além disso, a Chape 
carrega o título de melhor defesa desta Série B, com apenas cinco gols sofridos em 19 partidas, superando o RB Bragantino, campeão da competição em 2019. 
 
O vice-líder Cuiabá também merece destaque no primeiro turno. Sendo o único time que conseguiu fazer dois gols na Chapecoense, nestes 19 jogos, o Dourado está invicto dentro da Arena Pantanal, com sete vitórias e três empates nas 10 partidas disputadas, o que leva a um aproveitamento de 80%. Dessa forma, o time mato-grossense tem tudo para se consolidar no próximo turno e garantir uma vaga na Série A de 2021.
 
NA PARTE DE BAIXO
 
Em contrapartida, na outra ponta da tabela, o Oeste faz a pior campanha da história da Série B, desde 2006. Com uma vitória, quatro empates e 14 derrotas, o Rubrão soma sete pontos em todo o primeiro turno e precisa ter um aproveitamento próximo ao da líder Chape na primeira metade do campeonato, para se livrar do rebaixamento. O time paulista ainda possui o pior ataque, com 10 gols marcados, e a defesa mais vazada, com 37 gols sofridos. Além disso, o Oeste é o pior mandante, com apenas cinco pontos somados dentro de casa, e o pior visitante, com apenas dois pontos fora.
 
O Cruzeiro, que começou o campeonato perdendo seis pontos devido a uma punição da FIFA, não conseguiu engrenar na tabela, como a maior parte da imprensa e dos torcedores imaginou que seria. A Raposa somou apenas oito pontos no Mineirão, desconsiderando os que foram somados durante a punição. No entanto, com a chegada de Felipão, o time mineiro conseguiu sair da zona de rebaixamento e hoje é o 16º na tabela, com 20 pontos. O sonho do acesso ainda não acabou, estando a 11 pontos do quarto colocado, Juventude.
Entretanto, o Cruzeiro foca em permanecer na Série B. 
 
ARTILHEIROS
 
Os maiores goleadores da Série B são de equipes diferentes e, no momento, um não atua mais na competição. Os líderes de gols do primeiro turno são: Caio Dantas, do Sampaio Corrêa, e Breno Lopes, do Juventude, ambos com 9 gols. Na segunda posição está o ex-CRB Léo Gamalho, com 8 gols, que atualmente joga pelo Al-Khor, do Catar. Atrás dele, vem o meia João Paulo, da Ponte Preta, com sete gols, Paulo Sérgio (CSA), Léo Ceará (Vitória) e Bruno Gomes (Paraná), ambos com seis gols.
 
RODÍZIO DE TÉCNICOS
 
Neste primeiro turno, as demissões de treinadores foram recorrentes. Pelo menos 12 equipes trocaram seus técnicos, algumas, até mesmo, mais de uma vez, como o Cruzeiro e o Oeste. A Ponte Preta foi a única equipe do atual G-6 a trocar seu comandante, apesar de ter feito boa campanha, ocupando o terceiro lugar na época em que João Brigatti foi demitido. Hoje, com Marcelo Oliveira, a Macaca ocupa a quinta posição. Já o Oeste, que mantinha Renan Freitas desde 2018, contratou Thiago Carpini e após 20 dias de trabalho, também foi demitido. O atual técnico do Rubrão é Roberto Cavalo.
 
Por outro lado, o Guarani, com duas trocas, pareceu acertar dessa vez. Após demitir Thiago Carpini e contratar Ricardo Catalá, o Bugre não conseguiu reagir e o treinador não se manteve no cargo. Agora, com Felipe Conceição, o time de Campinas venceu três, empatou uma e perdeu apenas diante do Juventude. O Guarani ocupa hoje a 14ª posição, com 21 pontos e ainda pode sonhar com o acesso.
 
Com isso, é possível dizer que nada está definido na segunda divisão do principal campeonato do Brasil. Tudo pode acontecer durante os próximos 19 confrontos que, pela primeira vez, acontecerão até fevereiro de 2021, devido à pandemia do novo Coronavírus. Até lá, muitas águas vão rolar, em relação aos acessos e aos rebaixamentos, restando aos torcedores apenas acompanhar e curtir os confrontos até o ano que vem.
 

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