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08/11/2020 às 00h38min - Atualizada em 08/11/2020 às 00h03min

Moda e Política: Nas eleições americanas, marcas incentivam a população a votar

A mensagem para votar chegou de diferentes formas, indo de looks em desfiles à capas de revistas

Maria Eduarda Perin - Editado por Larissa Barros
Reprodução / Instagram


As eleições dos Estados Unidos aconteceram no dia 03 de Novembro e pararam o mundo por ser uma das maiores economias mundiais e pela disputa acirrada entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden. Ao todo, foram somados mais de 145 milhões de votos em todo o país, batendo recorde de eleitores. Mas, pelo voto não ser obrigatório nos EUA a mídia, famosos e empresas estiveram se posicionaram e incentivara a população a comparecer nas sessões eleitorais. 


No mundo da moda diversas marcas usaram seus espaços para levar uma mensagem para que a população votasse. Como é o caso de Christian Siriano e da Louis Vuitton que encerraram seus desfiles (Siriano na NYFW e Vuitton na PFW) com looks que apresentavam a palavra “vote” estampada.



Já a Michael Kors e Levi’s encontraram como forma de incentivo a produção e venda de peças. A Michael Kors criou uma campanha chamada “Your Voice Matter” (Sua Voz Importa) e destinou o lucro das vendas a uma organização que luta por justiça racial. A Levi’s também foi além e criou um site que traz todas as informações necessárias para votar.



A voz de Truth Hurts e Good as Hell, a cantora Lizzo, usou e abusou de looks com o objetivo de angariar eleitores. No Billboard Awards a artista usou um vestido que tinha a palavra “vote” estampada diversas vezes para receber um prêmio. Ela ainda posou com uma máscara com a mesma palavra.



  
A revista V Magazine, uma das principais no ramo da Moda do EUA, trouxe em suas capas diversos famosos como Taylor Swift, Chris Evans, Bella Hadid e Mariah Carey como forma de incentivar a população mais jovem a ir às urnas.

  
Segundo a professora de Ciência Política da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Angela Quintanilha Gomes o motivo das marcas tomarem essa posição e preocuparem-se com o comparecimento da população a eleição é para que seja refletido no resultado a insatisfação ou contentamento com a situação política do país. A professora diz que ainda que, não esteja explícito a posição (Democrata ou Republicano), eles incentivam para que seja reativado o exercício do direito ao voto e para que a população se mobilize para isto. Angela afirma que:

“Aliado a este quadro, há vários temas que têm impulsionados à maior participação como o racismo,o desemprego e as consequências de um débil enfrentamento da pandemia”

​Mas esta não é a primeira vez que vemos a moda e a política juntas. Ao longo dos séculos essas duas instâncias, aparentemente diferentes, diversas vezes se cruzaram, como conta o professor Ronaldo Vasques do curso de Design de Moda da Universidade Estadual de Maringá (UEM) campus Cianorte. 

“Um fato político muito forte com a Maria Antonieta acontece no final do século XVIII para o XIX, onde ela usa perucas exageradas e entre essas perucas estavam símbolos que representavam o fator político da França naquela época” 


Por fim, Ronaldo fala que no Brasil, um dos principais nomes que aliou moda a manifestações políticas foi a estilista Zuzu Angel, que frequentemente usava suas peças para protestar contra o Regime Militar que governava o Brasil na época.

 

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