O Brasil aparece entre os maiores países em produção científica de todo o mundo, apontam pesquisas, mas o ano de 2019 deve representar uma quebra nesse ritmo. O motivo é que, para atingir a colocação, o país estabeleceu objetivos ambiciosos nas últimas décadas, o que tem mudado recentemente.
Estudo solicitado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para a Clarivate Analytics (antiga Thomson Reuters), em 2016, revelou que, naquele ano, o país aparecia como 13º maior produtor de publicações científicas em todo o mundo. Já em 2017, segundo a Scimago Journal & Country Rank, que leva em conta dados da Scopus, o Brasil ocupava a 15º posição em ranking semelhante, logo à frente de Suíça, Taiwan e Suécia.
Para os autores do relatório da Clarivate Analytics, intitulado Research in Brasil (“Pesquisa no Brasil”, em tradução livre), a principal explicação para os resultados é a de que o país vinha estabelecendo objetivos ambiciosos desde a década de 1990, o que mudou nos últimos anos.
Mais privilegiado em número de publicações até do que concorrentes como Rússia e Suíça (segundo a pesquisa de 2016), neste ano, o Brasil deveria alcançar a marca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) investidos em pesquisa e desenvolvimento. Mas a ausência de estatísticas atualizadas sobre o tema gera uma nuvem de dúvidas sobre o assunto.
Entre 2011 e 2016, Brasil já chegou a publicar mais artigos científicos do que Rússia e Suíça. (Fonte: InCites – Clarivate Analytics Web of Science)