O basquete brasileiro sempre teve representantes na NBA, contando ainda com dois campeões, Tiago Splitter pelo San Antonio Spurs na temporada 2013-2014 e Leandrinho Barbosa pelo Golden State Warriors em 2014-2015. Outros nomes, como Anderson Varejão e Nenê também são conhecidos no basquete americano. Atualmente, o atleta Bruno Caboclo e Cristiano Felício são os representantes tupiniquins no melhor basquete do mundo, atuando respectivamente por Houston Rockets e Chicago Bulls.
A nova contratação do Fortaleza Basquete Cearense, Lucas Bebê, também marcou presença nas quadras norte-americanas atuando pelo Toronto Raptors de 2014 até 2018. O atleta de 28 anos vai reforçar a equipe nordestina nessa temporada do NBB, e isso é uma notícia animadora para todo basquete brasileiro; na sua estreia anotou nove pontos, cinco assistências, cinco rebotes e dois tocos. De primeira pensamos em como vai ser bom ter um jogador do nível de Bebê jogando em solo nacional, porém a sua importância vai além disso. Apesar de não ter tido seu contrato renovado, o atleta ficou marcado em Toronto graças à sua boa defesa, o famoso “Porteiro do ENEM”, apelido que ganhou do narrador Rômulo Mendonça. Com isso, os olheiros das franquias da NBA vão ter mais interesse em acompanhar o basquete brasileiro. A nossa liga vem melhorando a cada ano, sempre surgindo novas promessas com o sonho de atuar no basquete americano. Porém, os olhos dos diretores da NBA estão virados para o próprio país e para atletas que já atuaram lá, como Lucas.
Em 2018-2019, Anderson Varejão voltou ao Brasil para atuar pela equipe do Flamengo, onde acabou conquistando o título do NBB. Leandrinho, na última temporada defendeu a equipe do Minas; esse ano foi para a comissão técnica do Golden State Warriors. Coincidência ou não, em 2019, Didi Louzada foi escolhido na 35ª posição do draft, sistema de escolha de jovens atletas utilizado pela NBA. O atleta pertence ao New Orleans Pelicans e está emprestado ao Sidney Kings, da Austrália. Com a chegada de Lucas Bebê, mais “Didis” podem ter a chance de realizarem o seu sonho de jogar no melhor basquete do mundo. Atletas promissores, como Gui Santos, do Minas Storm e Márcio França, do Franca já expressaram seu desejo de participarem do basquete americano. Ambos têm 18 anos e já atuaram pela Seleção Brasileira adulta de basquete e estão se destacando na temporada atual do NBB .
Didi atuando pelo Sidney Kings - Foto: Reprodução/Jornal do Comércio