O asteróide 16 Psique, descoberto em 1852, tem 226 quilômetros de diâmetro, orbita o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter a 370 milhões de quilômetros da Terra, composto por ferro, níquel, platina e ouro - minerais muito valiosos, podendo ultrapassar 10 mil quatrilhões de dólares.Em 2017 o telescópio Hubble da NASA descobriu a composição do meteoro. Desde então, a agência espacial tem grandes interesses em chegar até ele, e com apoio da SpaceX, pretende lançar uma sonda em 2022 que irá pousar lá em 2026.
No entanto, as empresas espaciais não têm interesses em minerar o gigante valioso, pretendem apenas estudá-lo. Levando em consideração a formação mineral do núcleo da Terra e de outros planetas rochosos, os cientistas acreditam que o 16 Psyche um dia fez parte do interior de um planeta muito maior.
Para Tracy Becker, cientista planetária responsável pelo estudo, explica em entrevista à BBC que " a Terra possui um núcleo metálico, um manto e uma crosta. É possível que quando o Psique era um protoplaneta em formação, ele foi atingido por outro objeto em nosso sistema solar e perdeu seu manto e crosta.
Assim, já que até hoje não foi possível chegar ao núcleo da Terra, o Psique irá facilitar as pesquisas, além de ser o primeiro corpo celeste de massa metálica em vez de rochas e gelo a se investigada de perto pela Nasa. "Entender o que realmente constitui um planeta e possivelmente ver o interior de um planeta é fascinante. Assim que chegarmos ao Psyche, vamos realmente entender se é esse o caso." revelou Becker.
De acordo com a NASA, a carga útil dos instrumentos da espaçonave inclui três instrumentos científicos: o magnetômetro para detectar e medir o campo magnético remanescente do asteróide. O gerador de imagens multiespectral fornecerá imagens de alta resolução usando filtros para distinguir entre os constituintes metálicos e de silicato. Seu espectrômetro de raios gama e nêutrons irá detectar, medir e mapear a composição elementar do asteroide. A missão também testará uma nova tecnologia sofisticada de comunicação a laser, chamada Deep Space Optical Communications.
Ficou curioso? Abaixo há um vídeo com mais detalhes sobre o asteroide.