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25/11/2020 às 00h21min - Atualizada em 25/11/2020 às 00h09min

O interminável jejum de títulos da seleção principal argentina

Fardo carregado por diversas gerações ao longo dos últimos anos, o jejum de títulos da Argentina completa 27 anos

Eduardo Vilarins - editado por Stefany Cardoso
Batistuta carrega troféu da Copa América de 1993 (Foto: Getty Images)

Em 2020, a seleção principal da Argentina completou 27 anos desde sua última conquista de uma competição oficial. Com varias aparições frustradas, torcedores argentinos lamentaram a inconsistência do país no cenário internacional nos últimos anos.
 

Atual geração
 

Longe de sua melhor fase vitoriosa, a atual geração do futebol mais "catimbeiro" do mundo, vem encontrando muitas dificuldades para se consagrar na era moderna. Eliminações, mal entrosamento entre estrelas do time e falta de poder de decisão, são alguns dos motivos que retratam o momento.

Mesmo possuindo em seu plantel o gênio Lionel Messi, craque do Barcelona, sua relação entre clube e seleção em boa parte de sua carreira foram bastante desbalanceadas, onde o brilho exibido no clube catalão não resplandece de forma igual no gigante sul-americano.
 

Além da lenda que atua no clube azul-grenar, alguns jogadores de alto nível como Dí Maria,Aguero e Dybala que atuam em ligas também de muita visibilidade, não rendem o mesmo na seleção nacional, deixando uma "pulga atrás da orelha" para o espectador argentino.
 

Comando técnico 
 

A Associação Argentina de Futebol (AFA), tem tido dores de cabeça para encontrar o treinador ideal para sua equipe após a saída de Alfo Basile, o último treinador campeão com o país no futebol. Nove técnicos passaram pela área deixando o cargo com pouco tempo de atividade.
 

Após a dramática eliminação no mundial da Rússia em 2018, ao perderem para a França por 4x3, Jorge Sampaoli, hoje treinando o Atlético-MG,foi demitido na época não conseguindo os mesmos feitos de seu trabalho anterior, onde trouxe dois títulos de Copa América consecutivos à seleção Chilena.
 

Com isso, o interino Lionel Scaloni, ex-lateral direito da seleção argentina, no passado foi efetivado com a missão de renovar o elenco e mesmo com novas peças à disposição, a seleção foi novamente eliminada no ano seguinte para a seleção brasileira nas semi-finais da Copa América 2019.

 

Cenário atual 
 

Lionel Scaloni segue no cargo durante a intensa disputa nas eliminatórias para a Copa do mundo no Qatar em 2022, mas seus jogadores terão mais uma chance no ano que vem, onde disputarão a Copa América na Colômbia, que ocorreria esse ano mas foi adiada para 2021 devido à pandemia da COVID-19.
 

O motivo de haver duas competições continentais da América do Sul em dois anos consecutivos faz parte de uma mudança no calendário adotada pela conmebol, que a cada ano quer ter mais semelhanças com o estilo europeu. A Copa América passará a ser em anos pares juntamente com as olimpíadas e a Eurocopa.

 

Retrospecto 
 

A Copa América de 1993 foi o último título adquirido pela seleção azul-celeste-branco, onde venceram o México na final por 2x1, com destaque para o Show de Gabriel Batistuta que anotou dois gols para o time de Alfo Basile, na grande altitude de Guayaquil no Equador.
 

Foi a 14° vez que levantaram a taça. O pais que vinha de título mundial após vencer a Alemanha em 1986 com o polêmico gol de mão de Maradona, celebrava mais essa conquista que até os dias atuais não se repetiria.
 

De lá para cá, iniciou-se um jejum que já dura quase três décadas. Começando pela Copa do mundo vencida pelo Brasil em 94 nos Estados Unidos, onde a despedida internacional de Maradona foi marcada pela eliminação de forma precoce nas oitavas de final ao perderem para a Romênia em um jogo eletrizante por 3x2.

Século amargo

Uma das maiores decepções para a nação celeste foi  dolorosa derrota para a Alemanha,onde Mario Götze saiu do banco de reservas para fazer o gol no fim da prorrogação,acabando com o sonho do tri argentino e vingando a Copa de 86.

 

De todos os países campeões do mundo, a Argentina é a única que não venceu nenhum título no século XXI, sem contar o ouro de Atenas nas Olimpíadas se 2004 que não contava com a equipe principal. Uma grande seleção que ficou estacionada no passado necessita de renovação para que o torcedor argentino possa soltar o grito de campeão.


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