Em 2020, a seleção principal da Argentina completou 27 anos desde sua última conquista de uma competição oficial. Com varias aparições frustradas, torcedores argentinos lamentaram a inconsistência do país no cenário internacional nos últimos anos.
Atual geração
Longe de sua melhor fase vitoriosa, a atual geração do futebol mais "catimbeiro" do mundo, vem encontrando muitas dificuldades para se consagrar na era moderna. Eliminações, mal entrosamento entre estrelas do time e falta de poder de decisão, são alguns dos motivos que retratam o momento.
Mesmo possuindo em seu plantel o gênio Lionel Messi, craque do Barcelona, sua relação entre clube e seleção em boa parte de sua carreira foram bastante desbalanceadas, onde o brilho exibido no clube catalão não resplandece de forma igual no gigante sul-americano.
Além da lenda que atua no clube azul-grenar, alguns jogadores de alto nível como Dí Maria,Aguero e Dybala que atuam em ligas também de muita visibilidade, não rendem o mesmo na seleção nacional, deixando uma "pulga atrás da orelha" para o espectador argentino.
Comando técnico
A Associação Argentina de Futebol (AFA), tem tido dores de cabeça para encontrar o treinador ideal para sua equipe após a saída de Alfo Basile, o último treinador campeão com o país no futebol. Nove técnicos passaram pela área deixando o cargo com pouco tempo de atividade.
Após a dramática eliminação no mundial da Rússia em 2018, ao perderem para a França por 4x3, Jorge Sampaoli, hoje treinando o Atlético-MG,foi demitido na época não conseguindo os mesmos feitos de seu trabalho anterior, onde trouxe dois títulos de Copa América consecutivos à seleção Chilena.
Com isso, o interino Lionel Scaloni, ex-lateral direito da seleção argentina, no passado foi efetivado com a missão de renovar o elenco e mesmo com novas peças à disposição, a seleção foi novamente eliminada no ano seguinte para a seleção brasileira nas semi-finais da Copa América 2019.
Cenário atual
Lionel Scaloni segue no cargo durante a intensa disputa nas eliminatórias para a Copa do mundo no Qatar em 2022, mas seus jogadores terão mais uma chance no ano que vem, onde disputarão a Copa América na Colômbia, que ocorreria esse ano mas foi adiada para 2021 devido à pandemia da COVID-19.
O motivo de haver duas competições continentais da América do Sul em dois anos consecutivos faz parte de uma mudança no calendário adotada pela conmebol, que a cada ano quer ter mais semelhanças com o estilo europeu. A Copa América passará a ser em anos pares juntamente com as olimpíadas e a Eurocopa.
Retrospecto
A Copa América de 1993 foi o último título adquirido pela seleção azul-celeste-branco, onde venceram o México na final por 2x1, com destaque para o Show de Gabriel Batistuta que anotou dois gols para o time de Alfo Basile, na grande altitude de Guayaquil no Equador.
Foi a 14° vez que levantaram a taça. O pais que vinha de título mundial após vencer a Alemanha em 1986 com o polêmico gol de mão de Maradona, celebrava mais essa conquista que até os dias atuais não se repetiria.
De lá para cá, iniciou-se um jejum que já dura quase três décadas. Começando pela Copa do mundo vencida pelo Brasil em 94 nos Estados Unidos, onde a despedida internacional de Maradona foi marcada pela eliminação de forma precoce nas oitavas de final ao perderem para a Romênia em um jogo eletrizante por 3x2.
Século amargo
Uma das maiores decepções para a nação celeste foi dolorosa derrota para a Alemanha,onde Mario Götze saiu do banco de reservas para fazer o gol no fim da prorrogação,acabando com o sonho do tri argentino e vingando a Copa de 86.
De todos os países campeões do mundo, a Argentina é a única que não venceu nenhum título no século XXI, sem contar o ouro de Atenas nas Olimpíadas se 2004 que não contava com a equipe principal. Uma grande seleção que ficou estacionada no passado necessita de renovação para que o torcedor argentino possa soltar o grito de campeão.