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16/05/2019 às 15h59min - Atualizada em 16/05/2019 às 15h59min

Enchentes levam transtornos a moradores

Segundo o órgão, as obras visam melhorias no escoamento das águas da chuva na região

Ronerson Pinheiro
Foto: Maurício Vieira/Reprodução: Hoje em Dia - Avenida Francisco Sá, no Prado tomada pelas águas.
Enchentes levam transtornos a moradores

As enchentes que há anos prejudicam quem vive no entorno da Avenida Francisco Sá, no bairro Prado, na região Oeste de Belo Horizonte, parecem ter chegado ao fim. A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP) informa que concluiu as obras de recuperação da galeria pluvial existente na Avenida Francisco Sá. Foram investidos R$ 2,7 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Segundo o órgão, as obras visam melhorias no escoamento das águas da chuva na região.

Para muitos moradores e comerciantes que vivem no local, a sensação ainda é de medo quando chove forte. Adriano Bretas, que vive no local há mais de 10 anos diz que já perdeu as contas de quantas vezes o local foi atingido por enchentes, “Toda vez que chove é isso aí. Carros arrastados, e a gente não consegue se quer sair de casa para resolver as coisas. Eu já perdi as contas de quantas vezes que vi a água subindo de nível. Chega a dar medo”, conta.

Ricardo Garcia, dono de uma loja de autopeças, conta que há cinco anos reformou a loja para impedir danos maiores em épocas de chuvas fortes. “Essa loja foi do meu pai durante 30 anos. Na época, infelizmente ele teve muitos prejuízos. Hoje, quando chove forte, graças a Deus os prejuízos são mínimos”, relata. Ainda segundo o comerciante, as obras da SUDECAP não resolveram nada. “As intervenções realizadas pela empresa não ajudaram em nada. O certo era aumentar o tamanho das galerias pluviais melhorando o curso d’ água”, completa.

Vazão de água na região

Bernardo Caetano, professor de Engenharia Civil, da Universidade Estácio de Sá, explica que em períodos de fortes temporais, as galerias de drenagem não comportam situações de grandes vazões em um curto tempo. “Começa a chuva e elas começam a drenar e levar para o afluente. Quando as galerias saturam, ela começa a jogar pra fora provocando as inundações”, explica. Ainda segundo o professor, a avenida encontra-se em uma parte baixa da cidade e acaba recebendo o grande volume de água dos bairros vizinhos.

Placas e mensagens via SMS alertam para o perigo

Placas alertando sobre o risco de inundações estão espalhadas por toda a extensão da avenida. De acordo com Waldir Figueiredo, subsecretário da Defesa Civil de Belo Horizonte, as placas atendem a uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) e é utilizado em todo o mundo. Segundo Waldir, um sistema de mensagens via SMS foi desenvolvido pelo órgão juntamente as operadoras de telefonia móvel. “Após se cadastrar com o CEP da rua, o morador passa a receber alertas de chuvas fortes granizos, alagamentos, risco de deslizamentos de terra e outros fenômenos meteorológicos”, conta.

Planejamento em longo prazo

A SUDECAP, agora, realiza planejamento de estudos de macrodrenagem e de projetos de macro e micro drenagem para toda a bacia hidrográfica do Córrego dos Pintos, região que abrange a Avenida Francisco Sá e as ruas Pampas e Jaceguai. A licitação para essa contratação deverá ser publicada no primeiro trimestre de 2020. Atualmente, ações para reduzir os riscos de inundação nestes locais estão concentradas no monitoramento contínuo e na intensificação da limpeza de bueiros e desobstrução das galerias existentes.


Editor: Ronerson Pinheiro
Editora-chefe: Lavínia Carvalho. 
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