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04/02/2021 às 21h44min - Atualizada em 04/02/2021 às 20h48min

Em meio a crise econômica, mercado pet resiste à pandemia da Covid-19

Faturamento aumenta até 3 vezes em meses de pandemia

Alexia Catherine - Editado por Ana Paula Cardoso
Foto: Canil Luna Piena
Com a chegada da pandemia ao Brasil, enfrentamos diversos desafios para readaptação do cotidiano, e uma das áreas mais afetadas foi a economia. Porém, enquanto muitos comércios foram assolados pela crise, o mercado pet experimenta sua maior ascensão nos últimos anos devido ao aumento do interesse dos tutores pelo universo animal.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há mais de 139 milhões de animais de estimação no país. Por trás deles, donos insaciáveis pelo seu bem estar e felicidade, o que levou a cidade de São Paulo a classificar pet shops como serviços essenciais na pandemia, permitindo que funcionassem normalmente.

“As pessoas estão em casa sozinhas, sem poder socializar. Nesse contexto, um filhote se torna uma companhia”, afirma Maria de Macedo empresária no Canil Luna Piena, especializado em criação de Yorkshire Terrier e Biewer Terrier. 



Se tornou fácil encontrar comércios pets pelas ruas, assim a concorrência aumentou e os profissionais da área criaram estratégias para se destacar no mercado. “O cliente busca variedade de produtos com preços acessíveis, o que dificilmente se concilia em mega lojas visualmente convidativas. Esse é meu papel com a Luna Piena Store, oferecer qualidade atrelada a custo-benefício”, explica ao citar sua loja online de artigos pets.

A pandemia mostra que as vendas pela internet ganharam mais importância. Segundo o portal de notícias e-commercebrasil, uma pesquisa realizada pela NZN Intelligence, plataforma de inteligência e pesquisa, afirma que 71% dos brasileiros pretendem aumentar o volume de compras online.

Quem já possuía um animal em casa aproveitou o isolamento para dedicar mais tempo aos seus cuidados, elevando o faturamento de pet shops e casas de acessórios. “Há dois anos recebíamos 50 cachorros por mês, hoje totalizamos 250”, informa Francisco Soares, proprietário do França Pet Shop, localizado na zona sul de São Paulo.



Sobretudo, o superfaturamento do mercado pet concedeu novas chances a quem não via esperança. “As pessoas estavam com medo de faltar alimentação para seus bichinhos, o que completou as vendas, junto aos acessórios e itens de limpeza. Com maior lucro, ganhei a oportunidade de aumentar minha equipe, gerando mais empregos e uma condição melhor para minha família”, revela Francisco.




Segundo ele, buscar a confiança do cliente, trabalhar com amor, carinho e dedicação, além de procurar uma equipe de confiança, como sua família, torna a rotina mais leve para aqueles que desejam empreender no mundo animal.

Para quem deseja aumentar a família com um novo membro pet, a especialista Maria Macedo indica que: "É bom lembrar que preço está ligado a qualidade, não há como vender um filhote com saúde sem cobrar por isso. Analise o histórico do canil e do animal, se apresenta pedigree e possui acompanhamento desde o ventre da mãe."



Além do cenário pet, outros comércios que apresentam crescimento são as indústrias farmacêuticas e alimentícias. Com os consumidores em isolamento social a alternativa foi investir na venda online. Estratégia que segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) aumentará a participação online no varejo brasileiro em mais de 10%.

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