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18/05/2019 às 16h36min - Atualizada em 18/05/2019 às 16h36min

Dos quadrinhos à literatura clássica: todo tipo de leitura é válida

Cecile Mendonça - Editado por: Leonardo Benedito
As amigas Carolina Porto e Julia Amorim com seus livros favoritos / Foto: Simone Marinho

A sociedade avançou em determinados pontos, mas em outros o retrocesso é evidente. Mesmo com as constantes mudanças, construiu-se um apego bastante forte pela preservação do tradicional. Isso afetou não só as lutas sociais e políticas, como também a visão do que se deve ser valorizado na literatura. Existe, ainda, um preconceito muito forte com quem se identifica mais ao ler best-sellers do que clássicos, por exemplo, apesar da tamanha amplitude de gêneros que existem atualmente. Inclusive, esse tipo de pensamento é predominante, principalmente, dentre as escolas. Já que muitas vezes elas indicam apenas leituras de clássicos aos adolescentes, ignorando outras boas opções de livros de fantasia ou romance, por exemplo, que poderiam ser também propostos pelos professores para incentivar o contato do jovem com outras vertentes literárias.

Contudo, nem todos os professores têm se apresentado como conservadores nesse sentido. Gabriella Jardim é um exemplo disso. Quebrando a visão de que só os clássicos são importantes, ela realizou um trabalho com seus alunos em que eles precisavam ler Harry Potter, e os resultados foram bastante positivos. A professora do ensino médio, atual mestranda de Letras pela Universidade Federal Fluminense, destacou que “é muito importante oferecer para o aluno vários tipos de leitura de várias áreas distintas”. O que não significa deixar os clássicos de lado. Afinal, ela também falou sobre a necessidade de “arrumar estratégias capazes de despertar interesse no aluno em ler o que está dentro ou fora de sua realidade”, ou seja, deve se apresentar uma pluralidade de opções ao aluno para que ele descubra o que ele mais gosta, e assim construa seu próprio hábito de leitura.

Logo, seja Memórias Póstumas de Brás Cubas ou A Culpa é das Estrelas, é preciso gerar incentivo à leitura. Atualmente, existe um público leitor muito ativo que não se limitam em ser apenas leitores. Criam uma relação de fã com os livros e escritores, o que só deve ser abraçado pelos educadores e cada vez mais ser explorado dentro das salas de aula.


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