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01/03/2021 às 13h26min - Atualizada em 01/03/2021 às 13h22min

Oscar em tempos de pandemia

Academia adotou algumas mudanças para a 93ª edição da premiação

Anna Paim - Editado por Alinne Morais
Reprodução/Divulgação/Banco de Imagens
Em abril de 2021 ocorrerá a 93ª edição do Oscar. Este ano, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas precisou adotar algumas mudanças por causa da pandemia do novo coronavírus. Com isso, a premiação foi adiada – evento que ocorreu quatro vezes durante toda a história do Oscar. A cerimônia será no Dolby Theatre, em Los Angeles e terá transmissão ao vivo.
 
O ano de 2020 foi um ano atípico. A indústria cinematográfica, inclusive, foi diretamente afetada pela pandemia e a quarentena. Diversos filmes foram adiados, como por exemplo, “Viúva Negra”, da Marvel. Com a cerimônia anual do Oscar não foi diferente. O evento, que costuma ocorrer no fim de Fevereiro, em 2021, será no fim de abril. A premiação foi adiada apenas outras três vezes, anteriormente: em 1938, quando por conta de uma inundação em Los Angeles; em 1968, devido ao assassinato de Martin Luther King Jr e, em 1981, após tentativa de assassinato do então presidente, Ronald Reagan.

Ademais, os critérios de elegibilidade da premiação foram mudados. A regra principal é: só serão aceitos filmes que ficaram em cartaz no cinema por, no mínimo, uma semana, em Los Angeles se Nova Iorque. Entretanto, este ano, filmes que lançaram diretamente em plataformas digitais poderão concorrer ao prêmio.

MUDANÇA 

Mateus Gondim e Mateus Almeida, criadores da página de cinema Kinologia, no instagram, consideraram a mudança totalmente positiva para a premiação. De acordo com eles, é possível contemplar uma maior visibilidade para filmes menores, que, normalmente, não teriam verba suficiente para estrear no cinema.

Além disso, eles relembram que muitos críticos e fãs consideram que esta tem tudo para ser uma das melhores edições da cerimônia, tendo em vista esta flexibilidade. Tais mudanças, impactam diretamente em questões sociais. É muito importante que a academia mantenha essa abertura nos critérios de elegibilidade, dando voz a mais filmes estrangeiros e independentes. Somado a isso, é válido ressaltar que, no Oscar, a discussão está mais voltada para o jogo político por trás das campanhas de grandes produtoras do que para a qualidade do filme.  Essa é, portanto, outra questão que pode melhorar esse ano.

No que se refere à questão financeira, é possível apontar pontos positivos e negativos. Um ponto positivo, é a redução de gastos em campanhas absurdas que costumam girar em torno de 150 milhões de dólares. Com os cinemas e cidades fechadas, as campanhas publicitárias acabaram por custar menos. Todavia, o cinema move Los Angeles. Dessa forma, a economia local foi afetada.

Ao apontarem o que mais gostam na premiação, Gondim e Almeida mencionaram a diversão em torno de toda a ansiedade gerada pelo Oscar. “Costumávamos nos juntar na casa do Mateus (Gondin), fazíamos bolão dos vencedores. É divertido!”, disse Mateus Almeida. Eles também falam que, apesar de toda a politicagem, a premiação ainda abre espaço para filmes pequenos que, caso contrário, não ganhariam tanta visibilidade. Um bom exemplo é Moonlight (2016), vencedor do Oscar de Melhor filme em 2017.

Apesar de algumas mudanças, a cerimônia permanecerá sendo presencial e está prevista para ocorre no domingo, dia 25 de abril.

 
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