05/03/2021 às 10h59min - Atualizada em 05/03/2021 às 10h52min
Quadrilha do petróleo carioca
Quatorze ordens de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro
Julia Wellmann - Editor: Ronerson Pinheiro
Foto - Polícia Civil apreende petróleo roubado no RJ - Reprodução: Policia Civil Agentes da Policia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam durante a operação “Porto Negro”, quatro suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em furto de petróleo diretamente de dutos da Transpetro/Petrobras na Baixada Fluminense.
Um dos alvos da ação policial comandada por agentes da Delegacia de Serviços Delegados (DDSD) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) é o capitão da Policia Militar, Marcelo Queiroz, lotado na Diretoria Geral de Pessoal da PM, que já é considerado foragido. Segundo as investigações, Marcelo seria o líder do esquema.
Cinco mandados foram cumpridos no Rio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e em Itaboraí, na região metropolitana. Também foram cumpridas quatorze ordens de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
As investigações duraram seis meses, iniciando-se após uma perfuração de dutos da Transpetro no município de Guapimirim, na Baixada Fluminense, em junho de 2020. Durante as investigações, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça identificaram a atuação da mesma quadrilha em outras duas perfurações em Nova Iguaçu e em Queimados, onde foram furtados, respectivamente, 68 mil litros de petróleo, totalizando 169,5 mil litros em três roubos diferentes.
Em Queimados, os criminosos chegaram a construir um túnel subterrâneo para acessar o duto e também alugaram uma retroescavadeira para abertura de uma via de acesso para caminhões tanque para retirada do produto.
De acordo com a investigação, o petróleo extraído no Rio de Janeiro era transportado para o município de Rolândia, no Paraná, para adulteração e revenda. Na cidade paranaense, os agentes cumpriram mandado de prisão, busca e apreensão contra o empresário Walmir Aparecido Marin, denunciado pelo Ministério Público. Ele já havia sido preso em 2020 na operação Sete Capitães II, e era o responsável por levar o combustível furtado até o interior do Paraná.
A Polícia Civil e o Ministério Público intensificaram as ações de inteligência e investigações contra grupos criminosos especializados em furto de petróleo diretamente de dutos da Transpetro/Petrobras, para tentar reduzir os impactos financeiros e ambientais desta prática
Editora-chefe: Lavínia Carvalho