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13/03/2021 às 13h18min - Atualizada em 13/03/2021 às 13h00min

Messi e Cristiano Ronaldo estão fora das oitavas-de-final da Champions League depois de 16 anos: Fim de uma era?

Craques são eliminados de forma precoce da competição e debates sobre novos tempos no futebol começam a surgir

João Vitor Figueiredo - editado por Wesley Bião
Messi e Cristiano Ronaldo estão eliminados da UEFA Champions League (Foto: David Ramos/Getty Images)

A temporada 20/21 da UEFA Champions League terá em sua reta final um ingrediente um tanto quanto amargo. Depois de 16 anos as fases decisivas da maior competição de clubes do planeta não contarão com os maiores jogadores dos últimos anos: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Com o empate por 1x1 do Barcelona contra o PSG na França e a vitória insuficiente da Juventus por 3x2 sobre o Porto em Turim, o craque argentino e o astro português não jogarão as quartas-de-final da competição, algo que não acontecia desde a temporada 2004/2005.

 

Nos jogos de volta da fase de oitavas-de-final realizados nessa última semana, os dois até que tentaram, mas não conseguiram reverter os placares desfavoráveis. Na terça (9), CR7 esteve mais apagado. Deu assistência para o gol de Chiesa mas não conseguiu ser o decisivo que sempre é, muito por conta da atuação do restante da equipe. No dia seguinte, Messi, assim como o Barcelona, fez um bom jogo, foi muito participativo, marcou um golaço do meio da rua, mas desperdiçou um pênalti que poderia ter dado uma gás a mais para a equipe na segunda etapa.

 

Com isso, os amantes do futebol veem os craques, em algo que não acontecia há bastante tempo, se despedirem precocemente da Champions League, competição que ambos marcaram história. Juntos somam 254 gols - os maiores artilheiros - e nove títulos, sendo 134 gols e cinco títulos do português e 120 gols e quatro títulos do argentino. Além disso, soma-se todos os recordes que estabeleceram e todas as partidas que levaram à admiração total por jogadores, ex-jogadores, imprensa, atletas de outros esportes e torcedores.

 

DÉCADA DE MUITOS TÍTULOS E DOMÍNIO ALTERNADO
 

Desde 2008, o mundo do futebol viu estes dois “seres de outro planeta” criarem uma hegemonia que perdurou até 2018, com brilhantismo, lances mágicos e muito espetáculo nos gramados em que pisavam. De lá pra cá, Messi foi eleito seis vezes o melhor jogador do mundo, enquanto Cristiano foi o escolhido em cinco temporadas. Fato é que a disputa alternada entre os dois gerou muito fanatismo, fez com que  os fãs se dividissem e os debates em torno da pergunta “quem é melhor?” estivessem sempre presentes, sem contar toda a expectativa que se tinha quando os dois estavam em campo.

 

Messi e Cristiano Ronaldo na cerimônia de premiação de melhor jogador do mundo em 2019. (Foto: Harold Cunningham/Getty Images)
 

Porém, os dois maiores jogadores das últimas décadas e certamente entre os maiores da história do futebol, viram nos últimos anos não só seus times caírem de rendimento, mas também terem todo o seu talento e seu poder de decisão jogado em vão. 

 

Em meio a crise política e econômica, Messi acumula cinco eliminações seguidas com a equipe do Barcelona, sendo três de forma vexatória, que inclusive abriram precedentes para a saída do argentino do clube catalão no ano passado. Já Cristiano, que saiu do Real Madrid após auge no clube para tentar ganhar a Champions pela Juventus, também viu o time ficar menos competitivo e sequer chegar à semifinal da competição em três anos de clube. 

 

A HEGEMONIA CHEGOU AO FIM?

 

Assim, com as eliminações desta semana surgiram opiniões e debates que colocam em questão um possível fim da era hegemônica de Messi e Cristiano Ronaldo no topo das disputas individuais e coletivas, muito por conta do vislumbre de novos candidatos a marcar uma nova era, como o noruguês goleador Halland e o francês Mbappé.

 

Como tudo na vida, o futebol também tem seus ciclos, e eles se encerram. Foi assim com Pelé, com Maradona, Cruyff e será com Messi e Cristiano Ronaldo. Mas, os fracassos recentes de Barcelona e Juventus expõem a necessidade dos astros em atuarem em times que ofereçam condições para que eles possam ser diferenciais e mostrarem porque estiveram tanto tempo no topo.

 

Por isso surgem rumores e especulações que agitam o mercado. O contrato de Messi com o clube catalão acaba no meio do ano e pelas insatisfações recentes, é real a possibilidade de transferência e o PSG aponta como forte candidato.  Por outro lado, Cristiano tem contrato com a equipe italiana, mas já teve seu nome ventilado em outros clubes, inclusive no Real Madrid, pelo qual fez história.

 

Mesmo que o melhor momento das duas estrelas tenha passado, todos sabem que ambos ainda têm capacidade de continuar marcando época e a atrair os olhares dentro de campo. Se encontrarem um ambiente favorável, o talento é maximizado. Portanto, resta  aguardar o que o futuro (e o mercado) prometem para dois dos maiores jogadores de todos os tempos.

 


O craque argentino e o astro português em confronto no El Clásico. Será que eles vão se reerguer para a próxima temporada? (Foto:Divulgação / La Liga)

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