A trajetória delas se iniciou em 1987 com a formação de um grupo, que originalmente possuía 11 integrantes, mas que ao passar do tempo foi reduzindo até o núcleo original que conhecemos de apenas 4 garotas: Ageha Ohkawa, Mokona Apapa, Tsubaki Nekoi e Satsuki Igarashi.
Como todo o mangaká, no começo elas desenhavam os chamados doujinshi - que pode ser traduzido como quadrinhos independentes. A ascensão delas como autoras foi rápida e no ano de 1989, o mangá RG Veda se consagrou no japão como a primeira obra do grupo a ganhar notoriedade e se tornar um passe para o sucesso.
A recepção dos fãs foi algo inimaginável para as autoras, que inicialmente tinham uma proposta de poucos capítulos para o RG Veda, que seriam publicadas de maneira seriada em uma revista japonesa da época chamada Wings, mas o sucesso fez com o que os editores pedissem mais histórias para as garotas do Clamp. Isso fez com o que elas percebessem que havia uma demanda sólida por originais e diversas revistas japonesas como a Nakayoki, kobunsha e Newtype passaram a publicar os novos títulos do grupo.
Obras Famosas:
A partir de seus traços rebuscados, um layout de impressionar e histórias fascinantes, as narrativas da Clamp acabaram trazendo um novo tipo de qualidade para a indústria dos mangás, e assim, o grupo construía uma legião de fãs que iam muito além do Japão. No Brasil, das 28 obras do grupo, 17 já foram lançadas. A primeira delas, e a mais famosa, foi Card Captor Sakura em 2001 pela editora JBC, o sucesso foi tanto que a empresa relançou o mangá em formato especial em 2012. A editora também ficou responsável de trazer outras histórias do grupo aqui para as terras tupiniquins, tais como: Guerreiras Mágicas de Rayearth, Chobits, X/1999 e Tsubasa: RESERVoir CHRoNiCLE.
Umas das características marcantes da Clamp é justamente isso: enredos que mostram a vida real e personagens construídos que soem reais e verdadeiros, fazendo com o que o público crie um laço, uma importância e torça por ele, mesmo sendo dentro de um universo de fantasia.
Referência no mercado de mangás
Foram com essas particularidades que o Clamp conseguiu ter o seu espaço em um mercado que ainda é dominado por homens. Elas são conhecidas como o “quarteto fantástico” e suas obras transcendem os rótulos do que seria o shoujo e shounen. Clamp se tornou uma referência em histórias fortes, com representatividade de garotas e garotos cheios de sonhos e conflitos em suas jornadas.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Fernanda. CLAMP, 30 ANOS DE MUITO TALENTO. Eu, Astronauta. Julho, 2020. Disponível em: <https://www.euastronauta.com.br/clamp-30-anos-de-muito-talento/>. Acesso em: 12 de março de 2021.
CLAMP. Disponível em: <https://editorajbc.com.br/perfil/clamp/>. Acesso em: 10 de março de 2021.
CLAMP NO CLAMPVERSO! Otaminas. 2019. Disponível em: <https://otaminas.com.br/artigos/clamp-no-clampverso/>. Acesso em: 13 de março de 2021.
THAY. CLAMP: UM GRUPO DE MANGAKÁS TOTALMENTE FEMININO. Valkirias. Agosto, 2016. Disponível em: <https://valkirias.com.br/clamp-um-grupo-de-mangakas-totalmente-feminino/>. Acesso em: 10 de março de 2021.
KARASAWA, Dani. CLAMP- QUATRO MULHERES E UMA HISTÓRIA DE SUCESSO. Minas Nerds. Setembro, 2016. Disponível em: <https://minasnerds.com.br/2016/09/30/clamp-quatro-mulheres-e-seu-sucesso-mundial-arrebatador/>. Acesso em: 10 de março de 2021.