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24/05/2019 às 15h27min - Atualizada em 24/05/2019 às 15h27min

Briga de gigantes afeta a empresa chinesa Huawei

Manoel Paulo
CanalTech e Tecmundo
ShuterStock
A briga comercial entre China e EUA tem mais um capítulo e envolve uma empresa chinesa. No último 15 de maio do presidente americano, Donald Trump assinou uma ordem de “emergência nacional” no setor de telecomunicação. Essa ordem determina que empresas do país não comprem de empresas estrangeiras, que podem trazer riscos para a segurança dos EUA, atingindo principalmente empresas chinesas.

Já faz um tempo que Trump tem insinuado que empresas chinesas espionam os EUA, mas não tem nada claro sobre isso, porém, o presidente ataca sempre que possível. Com a ordem de emergência, a Huawei não poderá negociar mais nada com os americanos. A empresa chinesa é uma grande fornecedora de equipamentos para redes de internet, principalmente para as novas redes 5G.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders ,disse que o objetivo do presidente é o de proteger os EUA contra adversários estrangeiros.

“O presidente deixou claro que este governo fará o que for necessário para manter a América segura e próspera, bem como protegê-la de adversários estrangeiros que criam e exploram ativamente vulnerabilidades nas infraestruturas de serviços de TI e comunicação dos Estados Unidos”, declarou Sarah Sanders.

Com a proibição de negócios com as empresas da China, as empresas americanas deverão rever seus negócios. O Google foi a primeira.

O Google já diz que a Huawei não poderá ter aparelhos com Android e nem com a Play Store, isso inclui que não terá acesso antecipado ao Android Q, a nova versão do sistema operacional para smartphones da Google.

Mas segundo a agência de notícias Reuters, a Huawei só terá acesso a versão pública do Android, que possui código aberto.

Na conta do Android no Twitter teve a seguinte mensagem: “Garantimos que, enquanto cumprimos todos os requisitos do governo dos EUA, serviços como o Google Play e a segurança do Google Play Protect continuarão funcionando no seu dispositivo Huawei existente”.

Essa ação do governo americano dá uma travada no crescimento da Huawei em todo o mundo. No primeiro trimestre de 2019 a empresa cresceu 50%, comparado ao mesmo período do ano passado. Quase metade das vendas da empresa são de fora da China.

A Huawei respondeu a proibição que os EUA impõem a empresa que foi respondida ao site AndroidPIT: “A Huawei fez contribuições significativas para o desenvolvimento e o crescimento do Android em todo o mundo. Como um dos principais parceiros globais do Android, trabalhamos de perto com a plataforma de código aberto para desenvolver um ecossistema que beneficie usuários e o setor.”

A empresa também disse que continuará a fornecer atualizações de segurança e serviços para todos os smartphones e tablets Huawei e Honor.

Quem pensou que somente o Google faria algo contra a Huawei foi enganado. Outras empresas já estão tomando providências.

A fabricante de chipsets, a britânica ARM, em memorando distribuído por e-mail aos funcionários, suspende sua relação com a Huawei. A notícia foi divulgada em reportagem da BBC.

Essa medida da ARM afeta diretamente os chips utilizados pela empresa chinesa, os Kirin e tem a curiosidade de ser a primeira empresa europeia a tomar essa decisão, o que pode acarretar que outras empresas do velho continente entrem na história.

Mais empresas

O governo dos EUA já pensa em banir outras empresas chinesas, isso é dito por fontes de dentro do governo. As empresas citadas são: a Megvii, a Zhejiang Dahua Technology Co., a Hangzhou Jikvision Digital Technology Co., a Meiya Pico e a Iflytek Co. Ltd. São todas empresas da área de vigilância.

A preocupação do presidente Trump é que essas empresas estejam espionando o país e passando essas informações ao governo chinês.

A Huawei estará na mídia, pois todo dia uma empresa nova corta relações com ela. Outras notícias serão publicadas sobre a briga China e EUA.

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