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26/03/2021 às 15h24min - Atualizada em 26/03/2021 às 15h14min

As pandemias na literatura

Como as pandemias que marcaram o mundo, são retratadas nos livros? e o que podemos aprender a respeito das pandemias passadas?

Isabel Dourado - Editado por Andrieli Torres
Foto: Reprodução/Google

O ano de 2020 iniciou-se longe da ideia de que haveria uma pandemia. Esta que se espalhou rapidamente pelo mundo e trouxe dúvidas, incertezas, caos e mortes. Quando outras epidemias e pandemias se espalharam pelo mundo as pessoas estavam em situações similares. É o caso da grande gripe espanhola, também conhecida como a gripe de 1918. 

 

A chamada gripe espanhola que recebeu esse nome porque acreditava-se que o vírus teria surgido na Espanha, dizimou de 50 a 100 milhões de pessoas. Foi chamada também de “bailarina”, porque dançava e se disseminava em grandes escalas.

 

Foi cunhada principalmente por gripe espanhola pelo fato de que a Espanha se manteve neutra durante a Primeira Guerra Mundial, permitindo que a imprensa divulgasse a respeito da peste. 

 

Acredita-se que uma das formas da disseminação do vírus tenha sido intensificada pelos soldados que retornavam das trincheiras. Espalhou-se das estações ferroviárias ao centro das cidades, depois aos subúrbios e ao campo.

 

O livro “A Bailarina da Morte” escrito pela historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, traz aspectos inéditos e marcantes da gripe espanhola. Entretanto, a abordagem vai além do que foi a gripe espanhola no mundo e no Brasil. As escritoras explicam também que tanto com a gripe espanhola quanto a covid-19, a primeira reação a uma doença pública é a negação. 

 

“Toda doença conta uma história. Toda doença contagiosa é também um evento social. No começo, a peste é quase sempre recepcionada com grandes doses de negação.”

 

Um dos aspectos que as autoras chamam atenção do leitor no livro é a respeito das dúvidas e das incertezas que as grandes pandemias geraram nos cidadãos. Dessa forma, muitas pessoas se viam cercadas de incerteza por se tratar de uma doença desconhecida e sem muitas informações sobre o contágio..

 

Segundo as autoras explicam, quando a gripe espanhola se instalou no Brasil houve um colapso. O vírus invadiu o país, atingindo principalmente as áreas urbanas. Assim como a atual pandemia, faltava médicos preparados, insumos e macas para tratar os doentes. A segunda onda da gripe espanhola também foi a mais letal. A situação se agrava tanto que começava a surgir nas capas de jornais estrangeiros como a gripe espanhola estava assolando o Brasil. As mortes no país chegaram a 35 mil.

 

O livro “Contágio” do escritor norte-americano David Quammen que foi lançado em 2012 é uma obra que traz questões aprofundadas de como infecções que começam no reino animal e migram para os seres humanos. Mesmo tendo sido lançado anos atrás, "Contágio" ganhou novas edições atualmente.

 

Apesar das obras de Albert Camus “A peste” e a de Gabriel Gárcia Márquez” Amores no tempo do cólera” se tratarem de romances, ambas também tratam de pandemias que marcaram a humanidade. Os livros trazem a importância da ciência no enfrentamento de pandemias.


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