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30/03/2021 às 23h59min - Atualizada em 30/03/2021 às 22h43min

Beyoncé alcança marcas históricas com seu último projeto sobre as origens dos povos africanos

O álbum lançado em 2019 busca mudar a imagem imposta pelo Imperialismo Europeu e alcança marcos históricos na carreira da rainha do R&B

Gabriela Gutierrez - Editado por Larissa Nunes
Foto: Reprodução/ Disney
O trabalho "The Lion King: The Gift", produzido pela cantora em 2019 conta com 27 faixas sendo, 13 tracks originais e as demais interlúdios para ser trilha sonora do remake em renderização 3D do clássico dos Estúdios Disney, "O Rei Leão"; composto por vários elementos musicais que mantém constante diálogo com a cultura africana, valorização da cultura negra e ressignifcação do conceito global das raízes do povo africano. Ouça o álbum na íntegra:
 
 
Um dos destaques é a faixa da versão Deluxe do álbum, "Black Parade", onde Beyoncé pede paz e reparação histórica para a comunidade negra em meio a melodia envolvente dos sons africanos, lembrando a nobreza das raízes negras, derrubando a visão de pobreza e marginalização que o olhar eurocêntrico propôs ao mundo.
 
"Nossa história não começa nas senzalas da América
mas nos tronos da África"
A cantora também menciona explicitamente, Oxum, o orixá das águas, principalmente as águas calmas e por isso, essa divindade está muito ligada as emoções; o que faz dessa música um protesto contra a demonização das crenças e divindades africanas cultuadas pela intolerância religiosa do imperialismo europeu. Com essa música, Beyoncé levou o Grammy de melhor performance de R&B, o 28° de sua carreira, se tornando a mulher mais premiada da história do Grammy ultrapassando a cantora country Alison Krauss.
 
 
Outra faixa repleta de conceito é "Brown Skin Girl", onde é exaltada não apenas a beleza da mulher negra, como também o poder da mulher como base da família e criação dos laços entre as gerações. O clipe da música faz parte do musical "Black Is King", lançado em 2020 pela plataforma Disney+, e tem a presença de diversas mulheres negras famosas, como Lupita Nyong'o, Naomi Campbell e Kelly Rolland.
 
A música conta também com vocais da primogênita de Beyoncé, Blue Ivy, além da participação de SAINt JHN e WizKid. O clipe foi indicado como um dos melhores do ano de 2020 pela Academia de Gravação dos Estados Unidos e venceu na categoria, tornando Blue Ivy, a segunda pessoa mais jovem a ganhar um Grammy. Além disso, a rainha do R&B teve o clipe premiado na NAACP Image Awards onde ultrapassou a cantora Whitney Houston, se tornando a mulher mais premiada dessa premiação com 22 estatuetas.
 

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