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02/04/2021 às 10h42min - Atualizada em 02/04/2021 às 10h39min

Apple é multada em R$ 10 milhões por falta de carregador nos novos Iphone

Prática vem sendo seguida por outras empresas, que alegam responsabilidade ambiental ao não incluir acessório

Thiago Oliveira - Editado por: Celine Almeida
Tilt, do UOL
Business Insider Espanha

A nova política de remover o carregador dos novos Iphone 12 parece não ter agradado muito o Procon de São Paulo. O órgão regulador aplicou multa de R$10 milhões à empresa, alegando que essa prática infringe as leis de defesa do consumidor.

Desde o lançamento dos aparelhos, a empresa tem sofrido críticas pela decisão que, segundo eles, atende às novas políticas de responsabilidade ambiental da gigante.

Em outubro do ano passado, o órgão já havia notificado a empresa para que desse explicações do motivo de não disponibilizar o carregador na caixa. No entanto, segundo o Procon, essas explicações eram vagas, o que acarretou a aplicação da multa, que ainda cabe recurso.

Em nota, o presidente do Procon-SP, Fernando Capez, declarou que “a Apple precisa entender que no Brasil existem leis e instituições sólidas de defesa do consumidor.”

Caso o consumidor queira adquirir o carregador por fora, a versão de 20W, no site da Apple custa R$199,00. Outras versões, como a MagSafe, que funciona por indução, chega a valores de R$499,00.

 

Imagem: Reprodução Site Apple
 

Seguindo caminho

Não é só a Apple que adotou a nova prática de cortar um dos acessórios mais importantes dos smartphones. A Samsung seguiu o mesmo caminho e lançou a nova linha S21 limpa, sem carregador e fone de ouvido.

A sul-coreana ainda não foi oficialmente notificada por órgãos regulatórios, mas o caso da Apple abre um precedente para a empresa, e outras que no futuro venham a seguir a rota do corte de acessórios.

Vale ressaltar que todos os celulares, tanto da Apple quanto da Samsung, que não acompanha o carregador, são topos de linha, e mesmo com a retirada de peças importantes da caixa, nenhum sai por menos de 5 mil reais.

Outras acusações

Não é a primeira vez que a Apple é acionada pelo Procon. A empresa já foi acusada anteriormente por propaganda enganosa, ao dizer que seus celulares tinham resistência à água, mas os produtos apresentaram problemas em contato com líquido.

Acumula processos de não cumprir pontos da garantia, como reparos em aparelhos comprados no exterior no prazo de 30 dias; além de cláusulas abusivas impostas em contratos com clientes.

 

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