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28/05/2019 às 11h39min - Atualizada em 28/05/2019 às 11h39min

Às vésperas da Copa Paulista, festa junina piora o clima da Portuguesa

Celebração realizada no Canindé pode fazer com que a equipe mande seus jogos em campo neutro

Paulo Octávio - Editado por Amanda Cruz
Estádio da Portuguesa. Foto: Julia Chequer/FolhaPress
A Festa Junina da Portuguesa não começou, mas já vem causando dor de cabeça e aumentando a pressão contra o presidente Alexandre Barros. O desejo de fazer com que os grandes shows aconteçam no gramado do Canindé e a retirada do busto do ex-presidente Osvaldo Teixeira Duarte aumentaram o tom das críticas a Barros.
 
A celebração é feita em parceria com a Rádio Band FM, que promove o evento e leva artistas consagrados da música brasileira: Zé Neto e Cristiano, Belo e Marília Mendonça são alguns dos nomes certos para festa, que vai de 8 de junho a 20 de julho. O problema é que as apresentações vão pegar boa parte do período da Copa Paulista. O torneio será a única chance da Portuguesa disputar uma competição nacional, pois o rubroverde está na segunda divisão paulista. A disputa dará ao campeão, o direito de escolher se joga a Copa do Brasil ou a série D do Brasileirão. O clube já afirmou que, se vencer, deseja participar da quarta divisão.
 
Caso realmente os shows sejam realizadas no campo, como afirmou o presidente, a Lusa só poderia jogar em seu estádio na 7ª rodada, a três do fim da primeira fase. Assim, o time teria que mandar o jogo contra equipe sub-23 do Corinthians em campo neutro e não aproveitaria o fator casa.
 
Já a retirada do busto de Osvaldo Teixeira Duarte (ex-presidente do clube falecido em 1990), sem aviso prévio, gerou dúvidas e incomodou a torcida. Silvio Morado, genro de Duarte, criticou Alexandre Barros, o atual presidente. 
Porém, após divulgação desse fato pelo site Netlusa, o busto foi realocado para a ilha do estacionamento dos dirigentes.
“Soubemos do que fizeram com o busto do nosso pai e presidente da Portuguesa, Oswaldo Teixeira Duarte. Mal pudemos crer no que vimos. Doeu-nos a alma constatar o descaso e o desrespeito da atual diretoria para com a memória do maior presidente da Portuguesa de todos os tempos! Essa pessoa, Alexandre de Barros, não merece o cargo que ocupa”, reclamou Morado. 
As atitudes pioram o ano difícil de Alexandre Barros. No início de maio, ele fez uma coletiva de imprensa pedindo desculpas pela divulgação dos áudios em que teria insinuado que jogadores "fizeram corpo mole". Segundo a gravação, quatro jogos da Copa Paulista de 2018 tiveram manipulação de resultados.
“Conversei com o Luizinho, várias vezes. Ele gravou. Os áudios são cortados, não é a íntegra da conversa. Quero, primeiro, pedir desculpas para todos os envolvidos, atletas, membros do clube, inclusive um conselheiro, o Antonio Carlos Castanheira. O áudio foi antes de nós conversarmos. A maior virtude do ser humano é pedir desculpas, e eu peço desculpas pelos meus erros”, afirmou Barros.
Se a equipe não sair vencedora na Copa Paulista deste ano, a pressão para saída do presidente pode aumentar. Pois assim, a Portuguesa completará seu centenário, no ano que vem, fora de um campeonato nacional e da elite do Paulistão. A Lusa pode se classificar para o Brasileirão mesmo sem o título, mas para isso, a equipe tem que chegar a final e torcer para que seu adversário já tenha vaga em alguma divisão do torneio nacional.

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