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29/05/2019 às 14h13min - Atualizada em 29/05/2019 às 14h13min

Projeto Sakura oferece apoio às gamers brasileiras

Carolina Rodrigues - Editado por Bárbara Miranda
CRÉDITOS: @_cprn_ e @kstrevas
O Projeto Sakura é uma iniciativa criada em setembro de 2018, com o objetivo de alavancar a comunidade gamer feminina. De lá para cá, o projeto ultrapassou seis mil seguidores no Twitter – contudo, 25% desse público é composto por mulheres.
 
Visto as contínuas discriminações de gêneros dentro do mercado gamer brasileiro e mundial, o projeto surge como uma oportunidade de estimular a competitividade entre mulheres gamers, trazer visibilidade e unir essa comunidade, sendo esses os três pilares principais da iniciativa. Para a criadora do projeto, a streamer Juliana Alonso, conhecida também como Moondded na Twitch, explica que sempre existiu uma lacuna na comunidade feminina. “As mulheres sempre eram subjugadas quando se tratava de jogos online”, ela relata, pensando em sua experiência como jogadora de LoL desde 2013. “Sendo assim, nosso projeto procura proporcionar a melhor experiência possível para as mulheres jogadoras”.
 
De acordo com a Pesquisa Game Brasil de 2018, quase 60% dos gamers no país são mulheres e ainda, segundo a Newzoo Esports, mulheres brasileiras representam 38% dos entusiastas de jogos eletrônicos. Mesmo com o crescimento da participação feminina no mundo dos jogos, para Moondded, as mulheres ainda sofrem machismo e assédio, seja ingame ou quando opinam sobre algum jogo. Dois fatos que ilustram bem esse universo são a remodelação das personagens em Mortal Kombat 11 e a recente manifestação contra o sexismo instaurado na empresa Riot, criadora do League of Legends (LoL).
 
Moondded explica que “o Projeto Sakura, tenta quebrar o estereótipo de que mulheres não jogam, ou jogam mal, ou não entendem de games; mostrando que nós somos uma parte representativa da comunidade, ao contrário do que muitos insistem em repetir”. Para fazer isso, o projeto ajuda mulheres gamers através do compartilhamento de conteúdos direcionados à comunidade feminina e divulgação de mulheres streamers, formas de unificar a comunidade gamer. Assim, é possível encontrar outras meninas para jogar algum jogo através da tag #GirlsGoDuo.
 
Além disso, o Projeto Sakura faz campeonatos femininos e mantém o projeto #INVOCADORAS em conjunto com a INTZ Esports. Nele, foram selecionadas 10 meninas para um tryout; algumas delas serão selecionadas para compor equipes. Recentemente foi anunciada uma nova parceria com o Live Arena, empresa que oferece cursos profissionalizantes EAD relacionados ao universo gamer, como de cosplayer e cosmaker, criador de conteúdo e pro player em League of Legends.
 
No início, o Projeto era voltado apenas para jogadoras de LoL, já que “o estímulo à competitividade das mulheres no jogo era praticamente nula”, Moondded explica. Mas pelo menos até o final do ano, ela expõe a vontade de mudar essa caracterização. Para ela, e para as outras 15 mulheres que trabalham para manter o projeto, todo o conteúdo é produzido de forma a abraçar todos os jogos online.
 
Iniciativas começam a surgir para apoiar a mulher gamer. Aqui no Brasil, além do Projeto Sakura, também existe o YouGoGirls, que também oferece suporte às mulheres gamers. Já no exterior existe o Girl Gamer Festival, voltado a jogadoras de CS:GO e LoL pelo mundo. Acontecerá, inclusive, pela primeira vez, um campeonato da Girl Gamer Festival no Brasil, nos dias 5 e 6 de outubro deste ano. As campeãs irão disputar a rodada mundial em Dubai.
 
Você pode conhecer o Projeto Sakura, através do Twitter
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