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20/05/2021 às 16h21min - Atualizada em 20/05/2021 às 15h59min

Mulheres esquecidas e invisibilizadas pela História

No mundo da arte, literatura e história mulheres são protagonistas

Adélia Lima Sá - Editado por Brenda Freire
El País
Montagem | Arquivo//reprodução: Redatora
Muitas são as mulheres que possuem importâncias notáveis no meio do universo da literatura, da arte e das mais variadas áreas, mas a História termina por deixar muitos nomes invisíveis ou até mesmo esquecidos. É importante traçar os pontos que levam a contribuir essa exclusão, mesmo existindo pioneirismo em vários meios.
 
No Brasil, muitas são as mulheres que, ou não foram incluídas nos livros de História ou não foram encontradas de fato por uma boa pesquisa, pois muitas das vezes quando se insere uma mulher em momentos históricos costumam vir acompanhados da seguinte frase “com a ajuda” ou “esteve por trás dessa vitória”. Essas colocações ajudam a diminuir o protagonismo feminino, além de submeter a sua imagem sempre em segundo plano, sustentada por um nome masculino.
 
Um exemplo na História do país que temos é da Imperatriz Leopoldina, casada com Dom Pedro I, apesar da Independência do Brasil ter sido conferida como um feito dele, os passos foram traçados e idealizados pela Imperatriz. Além de 'abafar' a ação dela, os livros didáticos quando se referem a Leopoldina a configuram como triste, enganada e amargurada - características que só contribuem com os rótulos atribuídos às mulheres.




No universo da literatura, no período da Idade da Prata, mais uma mulher foi invisibilizada e será destacada aqui. A romancista, dramaturga, ensaísta, feminista e tradutora María de la O Lejárraga. Em quatro paredes, na ausência de luz, Maria escrevia muitas histórias, que posteriormente viraram grandes obras, mas com o nome de seu marido na capa, isso mesmo, apesar da escrita ser de total autoria da bonaerense, todo o reconhecimento era para Gregório Martínez Sierra, seu marido. Isso revela novamente, o silenciamento dos dons de muitas mulheres.




Um grande nome que terminou por ser ocultado por um homem, foi o de Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita. Muitas das vezes sempre que se refere o seu nome, ela vem atribuída do nome e título de seu companheiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Porém, a sua trajetória e importância vai além disso e deve ser vista, pois ela foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros, mostrando a força, garra e pioneirismo no meio.




De fato, são inúmeras as mulheres que com o tempo foram silenciadas pela História e que merecem o seu devido destaque. A voz, escritos e trajetórias femininas devem ser escutas e conhecidas em sua totalidade, tendo como protagonista elas próprias e não nomes de terceiros. 
 


 
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