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27/05/2021 às 22h58min - Atualizada em 27/05/2021 às 21h35min

Caso Belford Roxo completa cinco meses sem respostas

Não há informações sobre o paradeiro das crianças e nem provas concretas que possam levar até os suspeitos

Vanessa Dall Alba Zunachi Sales - Editor: Ronerson Pinheiro
Foto: As crianças estão desaparecidas há mais de cinco meses - Reprodução: CNN Brasil

Na sexta-feira (21), a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 17 pessoas durante uma operação na Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio. A prisão aconteceu em cima de traficantes investigados por outros crimes, além do desaparecimento de três crianças na região no ano passado.
 
A operação aconteceu por volta das 5h30 e contou com um blindado da corporação, além do reforço de 150 agentes.
 
As investigações da polícia mostram que a quadrilha do Complexo Castelar é apontada por criar e chefiar o conhecido “tribunal do tráfico” na região de Belford Roxo. “A Polícia Civil já vinha investigando há quase dois anos os acusados, sendo um dos principais motivos para o tráfico naquela região.”, disse o delegado da PC, Mauro César.

Cinco meses sem pistas
 
Lucas Matheus, 8 anos, Alexandre da Silva, 10 anos e Fernando Henrique, 11 anos, desapareceram no dia 27 de dezembro de 2020 quando brincavam de bola nas ruas da comunidade em que moravam. Há mais de cinco meses não há informações sobre o paradeiro das crianças e nem provas concretas que possam levar até os suspeitos.

Sem nenhuma informação sobre o desaparecimento dos garotos, as famílias estão desesperadas e buscam auxílio junto a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. Para elas, existe um descaso da Polícia por envolver crianças de comunidade. A advogada e Defensora Pública Gislaine Kepe, está à frente do caso e diz. “Há um certo despreparo por parte da Polícia Civil para busca de pessoas desaparecidas. Sendo assim, é necessário a criação de um grupo específico para casos como o dos meninos de Belford Roxo.”, disse Gislaine.
 
No mesmo dia do desaparecimento, as famílias foram até a delegacia para registrarem um boletim de ocorrência, assim, como solicitaram a verificação das imagens de câmeras de segurança na região. Segundo policiais que atuam na região, só seria possível fazer o registro do desaparecimento dos garotos após 24 horas indo na contramão do que consta no Art.208 parágrafo 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificação do desaparecido.”

A Polícia Civil trabalha com a linha de investigação que as crianças teriam sido levadas por traficantes da região. Ainda de acordo com a PC, cerca de 80 diligências foram abertas e diversas buscas feitas, mas nada foi encontrado.


Editora-chefe: Lavínia Carvalho

 
 



 



 
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