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28/05/2021 às 17h30min - Atualizada em 28/05/2021 às 17h30min

Briga entre torcedores e aglomerações causam preocupação para final da Champions

Um britânico foi levado ao hospital após tumulto; portugueses se incomodam com liberação do público na final deste sábado

Paulo Octávio
Estádio do Dragão, onde será realizada a final. Foto: Getty Images
Pela segunda vez seguida, Portugal vai receber a final da Liga dos Campeões. A disputa entre Manchester City e Chelsea será no estádio do Dragão, na cidade do Porto (313 KM de Lisboa). O município foi escolhido porque o país é um dos que tem o sinal verde da Inglaterra para viagens e não vai obrigar os turistas a entrarem em quarentena.
 
Já a Turquia, onde era prevista a decisão inicialmente, está no sinal vermelho, sofre com aumento dos casos de covid e exige um período de dez dias de isolamento. Faltando duas semanas para início da Eurocopa, isso poderia atrapalhar o planejamento das seleções e o torneio promovido pela Uefa.
 
Foi cogitada a possibilidade da final ser disputada em Londres, mas a entidade não aceitou a ideia.
 
33% da capacidade do estádio estará liberada. Serão disponibilizados 16.500 ingressos. Seis mil para cada clube e mais 1.700 para o público geral. O valor das entradas varia entre 70 e 600 euros. Os torcedores terão que apresentar teste negativo de PCR. Não foi dito se será obrigatório o uso de máscara.
 

O xeique Mansour Bin Zayed Al Nahia e  Roman Abramovich, do Chelsea vão financiar as viagens dos torcedores. Segundo informativo dos Blues, o translado da Inglaterra para o local do jogo custará 199 euros por pessoa.

Vacinação em Portugal está adiantada. 34,7% da população já tomou a primeira dose; 15,5%, a segunda. Com isso, o país flexibilizou algumas atividades. Mesmo assim, Lisboa sofre com o aumento de casos devido a variante indiana.
  
Governo local exigiu que os torcedores não se deslocassem pela cidade. Pedido foi para que ficassem confinados, só saíssem para decisão e após o fim do jogo partissem de volta à Inglaterra. Mas a solicitação não foi atendida. Na noite desta quinta (27), fãs do City causaram aglomeração na Ponte Luís, próximo ao Rio Douro, um dos pontos turísticos. Em outro local, houve tumulto nas ruas; a polícia foi chamada e um britânico foi hospitalizado.

Temerosos, portugueses se incomodam com a presença do público. Ainda mais porque será disponibilizado um telão na praça da Liberdade e são esperados mais de 80 voos vindos da Inglaterra para este sábado. Para conter confusões e evitar circulação de pessoas, o comércio terá que fechar as portas às 22h30 no horário local.
 
Por outro lado, o jogo vai aquecer o turismo na cidade, que é uma das preferidas dos turistas europeus. O governo anunciou o pacote de seis bilhões de euros para ajudar o setor, um dos mais afetados pela pandemia.
 
“Acredito que o mercado britânico será um dos que mais vai crescer na região no curto e médio prazo. A Champions League poderá ser o “kick off” (pontapé inicial) para esse objetivo”, comentou  o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins.

Lisboa já recebeu a final  da Liga em três oportunidades. Em 1967, no estádio Jumor; 2014 e no ano passado, no estádio da Luz. Em 2020, o torneio foi disputado numa bolha e o regulamento alterado para  o jogo único no mata-mata.
 
O estádio do Dragão custou 125 milhões de euros e tem capacidade para 50.033 torcedores. Foi inaugurado em novembro de 2003 e marcou a estreia de Messi pelo Barcelona. O primeiro gol foi marcado pelo brasileiro Derlei.  O local foi sede da campanha vitoriosa do Porto na Champions de 2004 e de jogos da Eurocopa do mesmo ano, vencida pela Grécia.
 
A decisão no país luso acabou sendo positiva para os ingleses. Porto fica a 2000 Km de Londres. Já Instambul é bem mais longe: está a 3.048 KM da capital da terra da rainha.
 
 

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