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29/05/2021 às 00h00min - Atualizada em 29/05/2021 às 00h01min

Crise migratória mundial é agravada pela pandemia do coronavírus

Problema enfrentado por muitos países se torna ainda mais complicado e líderes mundiais buscam solução em conjunto

Gabriela Pereira - Editado por Júlio Sousa
REPRODUÇÃO: HECTOR GUERRERO/ EL PAÍS

A pandemia do novo coronavírus deu à sociedade um olhar mundial e atento ao que acontece em outros países. Entretanto, ofuscou a crise humanitária anterior ao vírus. A crise migratória é um desafio para a maioria dos países, principalmente nesse momento. 

 

Antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a pandemia em 2020, existiam milhares de refugiados e imigrantes ilegais buscando asilo em países da Europa e nos Estados Unidos. Agora, essas pessoas têm mais motivos para sair de sua nação, uma vez que o vírus causou crises políticas e econômicas em diversas regiões.

 

IMIGRANTES E REFUGIADOS   

 

Recentemente, o mundo se sensibilizou com a história do menino nicaraguense que foi abandonado na fronteira americana após fugir de violência doméstica com sua mãe. Os Estados Unidos registraram 171 mil imigrantes na fronteira com o México, apenas no mês de março. 

 

Esse é o maior índice de busca por abrigo em 15 anos e a primeira crise imigratória enfrentada pelo Presidente Joe Biden. O governo americano enviou uma delegação aos países latinos para que juntos possam buscar uma solução. “Colaborar com funcionários do Governo mexicano para lançar um plano de ação eficaz e humano na gestão da migração”, afirma a Casa Branca. 

 

A maior parte das pessoas que tentam fazer a travessia na fronteira do México com os Estado Unidos foge do desemprego, fome, falta de moradia e educação. Em muitos casos, como o do menino nicaraguense e sua mãe, também fogem com medo da violência dentro do seu próprio lar.  

 

Entretanto, a pandemia evidenciou as dificuldades enfrentadas por essa parte da população, se no pré-pandemia a vida dessas pessoas já era complicada, a falta de recursos e a iminência do vírus tornou a necessidade de sair de seus países ainda maior. 

 

RISCOS DA MIGRAÇÃO NA PANDEMIA

 

Além dos perigos conhecidos como o sequestro e tráfico de pessoas nas fronteiras, os riscos de afogamento e morte para aqueles que realizam a travessia pela água, os campos de refugiados também têm condições sanitárias escassas. 

 

Como o contingente de pessoas é grande, podem existir aglomerações nesses locais, o que ajuda na proliferação do vírus. Outro ponto é a chegada de pessoas infectadas e como isso pode afetar a saúde pública do país em questão, levando o sistema ao colapso. 

 

Recentemente foram descobertas variantes do novo coronavírus, essas variantes estão sendo monitoradas através de laboratórios especializados, no entanto a imigração ilegal pode propagar a modificação do vírus em outros territórios. 










 

REFERÊNCIAS

 

F.JAQUELINE. FUGINDO DA PANDEMIA NO BRASIL, HAITIANOS SÃO BARRADOS NA FRONTEIRA. EL PAÍS. 20 de Fevereiro de 2021. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2021-02-20/fugindo-da-pandemia-no-brasil-haitianos-sao-reprimidos-na-fronteira-com-o-peru.html

 

N.ANDREAS. CRISE MIGRATÓRIA SE AGRAVA NO SUL DA EUROPA. PORTAL DW. 20 DE OUTUBRO DE 2021. DISPONÍVEL EM <https://www.dw.com/pt-br/crise-migrat%C3%B3ria-se-agrava-no-sul-da-europa/a-54406699>


M.MICHELLE. CARAVANA MIGRANTE: MAIS DE 400 HONDURENHOS DEIXAM O PAÍS RUMO AOS EUA. BRASIL DE FATO. 31 DE MARÇO DE 2021. DISPONÍVEL EM < https://www.brasildefato.com.br/2021/03/31/caravana-migrante-mais-de-400-hondurenhos-deixam-o-pais-rumo-aos-eua>

 

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