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14/06/2021 às 21h21min - Atualizada em 13/06/2021 às 09h19min

Em meio a pandemia quadrilhas juninas se reinventam e mantém viva a tradição nordestina

Com o cancelamento das festas e concursos dos festejos juninos, a internet tem sido a alternativa para manter a cultura junina viva

Pedro Lima - revisado por Jonathan Rosa
Quadrilha Ecologia (Foto: Reprodução/ Alan Cerqueira)

O coronavírus trouxe mudanças jamais vistas pela humanidade, medidas de segurança foram adotadas e isso afetou diversos setores da sociedade, incluindo a área cultural. Espetáculos, shows, estreias de filmes, produções de novelas a exemplo tiveram que ser suspensas.

No Nordeste o mês de junho é comemorado o dia do santo São João.  E com ele uma tradição secular ganha as ruas e concursos pelo estado afora, são as quadrilhas juninas, que é uma dança folclórica de origem francesa. A “quadrille”, que surgiu no século XVIII, ganhando força pela Europa, a dança chegou ao Brasil no período regencial. 

Mesmo sendo considerada uma dança aristocrática, com o passar do tempo se popularizou e ganhou um novo significado, tornando- se a quadrilha que conhecemos atualmente. Infelizmente a pandemia tentou tirar o brilho que as quadrilhas lançam a seus quadrilheiros e admiradores, porém a internet tem sido uma grande aliada desses grupos. Permitindo que  transmitam suas apresentações e assim possam divulgar o seu trabalho e não deixar a chama do São João se apagar.

Completando 41 anos de criação, o grupo ecologia foi criado com o objetivo de promover a festa de um outro santo, o São Pedro, e assim expandir os festejos da cidade de Serrinha na Bahia.

A sua idealizadora Angélica Moreira explica como está a rotina do grupo atualmente. “Ano passado começamos a ensaiar e em março de 2020 tivemos que suspender todas as atividades por conta do agravamento da pandemia já sabendo que não teríamos a festa de São João", relata.  Em meio a toda essa mudança a idelaizadora do grupo conta ainda, que buscou alternativas como movimentar as redes sociais, e assim fomentar a cultura mesmo que de longe. 






















 

Para este ano a quadrilha planeja realizar duas lives: a primeira com integrantes e a sociedade da cidade de Serrinha, falando sobre sua paixão com a quadrilha, e a segunda com a apresentação dos passos que a quadrilha apresenta nas festas.

 

Questionada sobre uma possível ajuda do poder público, Angélica relata que houve no ano passado, através da Lei Aldir Blanc, porém esse ano não teve ajuda alguma. Ela afirma ainda, que o governo municipal também poderia ajudar de alguma forma, pois com a suspensão das atividades a quadrilha não pode investir nos materiais para este ano, tendo que reutilizar o que foi usado em 2019.

Mas independente das circunstâncias o brilho e a chamada São João não se apagou, a quadrilha ecologia e outras pelo nordeste afora irão manter viva uma tradição que nos enche de orgulho e admiração.


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