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02/07/2021 às 11h58min - Atualizada em 02/07/2021 às 11h40min

Governo e MCTI inauguram primeiro centro focado em tecnologia 4.0 e internet 5G do país

Isabella Baliana - Editado por Manoel Paulo

No dia 25 de junho, o governo federal inaugurou o primeiro Centro de Excelência em Tecnologia 4.0 (CET) no Parque Tecnológico de Sorocaba, no interior de São Paulo, em uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Prefeitura da cidade. O espaço tem como foco o desenvolvimento da Indústria 4.0, que é baseada em inovações como a internet 5G, automação, robótica e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês).

 

Mais do que apenas uma tendência dos países desenvolvidos, a Indústria 4.0, chamada por alguns de “quarta revolução industrial”, engloba o que há de mais inovador na automação e tecnologia industrial, com sistemas e máquinas interconectados desenvolvendo funções cada vez mais complexas, capazes de analisar dados em tempo recorde, se comunicar em rede e entregar resultados progressivos e eficientes. 

 

No evento de inauguração do centro estavam presentes o presidente Jair Bolsonaro, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, além dos ministros Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Fábio Faria (Comunicações) e Tereza Cristina (Agricultura). O governo não revelou qual o investimento feito no local, que também recebeu o aporte de R$ 500 mil de emenda parlamentar do deputado federal Vitor Lippi. 

 

A execução do primeiro CET faz parte do Plano Nacional de IoT e da Estratégia Nacional para a Transformação Digital, idealizado ainda na gestão de Michel Temer. De acordo com o governo, as expectativas com o novo centro são a criação de novos postos de emprego, capacitação dos colaboradores e a aplicação da conexão das novas tecnologias nas indústrias e na fabricação de produtos, promovendo melhorias em sua produtividade, com mais eficiência e menos custos. 


 

A caminhada do 5G no país

 

Considerada um expoente da revolução tecnológica, a internet 5G é um importante pilar da indústria 4.0 e está cada vez mais próxima de ser uma realidade no cenário brasileiro. Além da inauguração do primeiro CET, está previsto para acontecer ainda esse ano o “Leilão do 5G”, evento promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no qual serão leiloados às empresas diferentes faixas de radiofrequência para o desenvolvimento da internet móvel de quinta geração no país. 

 

O leilão é considerado não arrecadatório, já que os recursos levantados também serão investidos em infraestrutura de comunicação e aprimoramento da conexão em áreas carentes, que ainda não usufruem amplamente do 4G. “Todo valor acima do preço mínimo será revertido para as 2,3 mil localidades que ainda não possuem 4G habilitado, para as rodoviárias federais e povoados rurais”, ressaltou o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra. 

 

De acordo com o ministro Fábio Faria, a estimativa é que o grande evento seja realizado nos próximos meses e conte com o leilão de quatro diferentes faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz e 26 GHz. “Estamos preparando o leilão para operação do 5G no Brasil e a previsão é que em julho de 2022 todas as capitais estejam atendidas por essa tecnologia”, afirmou.  

 

Se há 10 anos atrás, a vinda do 4G possibilitou um enorme avanço tecnológico, viabilizando o acesso à internet do jeito que conhecemos hoje: comunicação instantânea, filmes, séries e músicas nas plataformas de streaming, transmissões onlines e download de conteúdos em alta velocidade, o 5G traz novas perspectivas para a forma como o mundo se conecta. 

 

Para efeito de comparação, segundo Leonardo Capdeville, chefe de inovação tecnológica da TIM, uma excelente conexão 4G chega a próximo 100 Mbps. O 5G, por sua vez, pode chegar à velocidade entre 1 e 10 Gbps – uma diferença de 100 vezes ou mais em relação ao 4G. Com alto fluxo de dados e baixo tempo de resposta na troca das informações, a quinta geração de internet fomenta o uso da tecnologia em áreas distintas e inovadoras, para além dos smartphones, como carros autônomos, cirurgias remotas, utilização de drones e a amplificação da inteligência artificial. 

 

Na visão do presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, o 5G vai remodelar a sociedade e os meios produtivos, tornando-os cada vez mais competitivos. “A realidade virtual e a realidade aumentada ganham outra dimensão. É possível usar sensores táteis para manusear um órgão humano, no caso de um estudante de medicina. Um técnico de tomógrafo, por exemplo, poderia dar assistência na manutenção de uma máquina. São vários exemplos que mostram que a tecnologia 5G é disruptiva”, completou.

 
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