Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
07/07/2021 às 07h02min - Atualizada em 07/07/2021 às 07h10min

A Guerra do Amanhã mostra um aventura segura e dentro do esperado

Bruno Cunha - Editado por Fernanda Simplicio
Em um longa que incorpora todos os elementos da ficção científica, A Guerra do Amanhã mostra que a zona de conforto também existe no cinema. A produção exclusiva da Amazon Prime Vídeo foi lançada no último dia 2 e mostra que apesar do serviço de streaming ser multidirecional, o longa pesa na base comum e sufoca o carisma da sua estrela principal. 

Em A Guerra do Amanhã, a humanidade está perdendo uma batalha global contra uma espécie mortal de alienígenas em 2051. Para garantir a sobrevivência dos humanos, soldados e civis do presente são transportados para o futuro e se juntam à luta, entre eles Dan Forester (Chris Pratt), um pai de família determinado a salvar o mundo.

Imagina que conseguimos unir elementos de De Volta para o Futuro e O Exterminador do Futuro e ainda trazer tudo o que deu certo em outras ficções científicas. Ao fazer isso, temos este filme e damos o protagonismo para Cris Pratt, um dos atores do momento, por estar em diversas produções populares. Achou que não tinha zona de conforto no cinema? Acho errado.



E percebe-se se há este cuidado com as linhas temporais por trabalhar bem os diálogos, ter seus momentos explicativos e ainda ter cenas de ação que prendem a atenção. Claro que isso não é algo depreciativo, pelo contrário. Mostra que houve um cuidado na pesquisa e roteiro para trazer o melhor para a tela.

O longa também aproveita o grande carisma do ator, aqui ele está um pouco mais sério do que estamos acostumados, mas ele está bem no papel de pai, ex-militar e um dos representantes para salvar o planeta.

A trama agitada e com pontos de virada bem-marcados também ajudam a entendermos como o diretor Chris McKay pensou no filme como um todo, já que cada ato tem sua importância e acrescentam algo a narrativa principal, o problema não é adicionar e sim aprofundar, pois muitas dessas interações somam, mas se perdem na cena seguinte. O próprio pai do protagonista feito por J.K. Simmons é usado em um momento e depois não sabemos mais nada dele.

Os efeitos visuais tanto dos monstros (que também são uma mistura de alguns aliens que já vimos) e das batalhas são de alto nível, apenas que há um nível de violência baixo e sem perigo real, nada de batalhas sanguinolentas e mortes com grande peso para ter aquele gancho para o arco dramático e aquele momento ‘agora é pessoal’. Tudo aqui transcorre sem sustos.



As linhas temporais criadas aqui são mantidas seguras de alguma forma e são até que respeitadas (claro, respeitadas a lá ficção científica) mas ao menos sempre sabemos que estamos no presente ou no futuro. Há um cuidado até explicativo para não deixar dúvidas. E os companheiros de cena de Chris mudam nestes momentos também.

Mesmo com um filme seguro, temos boas construções de arcos, os personagens com mais tempo de tela vão ganhando uma história e um motivo para estarem ali. Um cuidado que não vemos no restante, quando menos aparece, menos narrativa temos. A própria coordenadora do grupo que é a responsável para o retorno ao passado vai desaparecendo aos poucos na história.

Não dê o play esperando alguma novidade no gênero, você irá gostar e se divertir, mas será aquele filme que você meio que esquece dele depois de um tempo. É como a releitura de algum clássico com dinossauros no qual você acaba se perdendo e até esquecendo quem é o mocinho da história.  A Guerra do Amanhã é o perfeito exemplo de um bom entretenimento e narrativa segura. E só tem isso a entregar para o espectador ansioso por novidades e surpresas em uma semana de um dos maiores lançamentos da Marvel nos últimos tempos.

REFERÊNCIAS:
SADOVSKI, R. 
'Guerra do Amanhã': como canibalizar dúzias de filmes em um produto mofado. UOL. 03 de jul. 2021. Disponível em: < https://www.uol.com.br/splash/colunas/roberto-sadovski/2021/07/03/guerra-do-amanha-como-canibalizar-duzias-de-filmes-em-um-produto-mofado >. Acesso em 06 de jun. 2021.


PEREIRA, I.  A Guerra do Amanhã: Estupidez Eleva à Potência Máxima. CINESET. 03 de jul. 2021. Disponível em: < https://www.cineset.com.br/critica-a-guerra-do-amanha-chris-pratt/ >. Acesso em 06 de jun. 2021.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »