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15/07/2021 às 23h48min - Atualizada em 15/07/2021 às 23h39min

"Rua do Medo" abusa dos clichês de uma forma diferente

Trilogia original da Netflix resgata os filmes de maníacos dos anos 70 e 90

Júlia Victória - Editado por Ana Terra
Uma cidadezinha do interior com um passado sombrio e que agora é aterrorizada por um assassino cruel. Essa narrativa clichê e que já foi abordada em vários filmes de terror é o tema de Rua do Medo: 1994, a primeira parte da trilogia original da Netflix. Mas apesar de “batido”, o longa consegue tratar o assunto de forma divertida e, mesmo com alguns problemas no desenvolvimento da história, faz acenos aos clássicos do estilo slasher. A trilogia é inspirada na obra do autor R. L. Stine e tem direção e roteiro de Leigh Janiak, que esteve envolvida na série de TV Scream. Para a criação de Rua do Medo, a diretora se baseou em um dos grandes sucessos do gênero: a saga Pânico, que traz um assassino mascarado perseguindo e assustando um grupo de jovens de uma pequena cidade dos Estados Unidos.
 
A primeira parte dessa trilogia resgata essa atmosfera e se passa em Shadyside, um local envolto por mistérios e com um histórico de massacres e tragédias. Os moradores do lugar colocam a culpa desses acontecimentos trágicos em uma maldição, que foi lançada por uma bruxa há séculos antes. O filme começa com uma garota sendo assassinada em um shopping, dando o tom do que viria a seguir. Quebrando alguns dos clichês do terror, a trama é centrada em um casal LGBTQIA+: Deena (Kiana Madeira) e Sam (Olivia Welch).
Fonte: Netflix

Fonte: Netflix

 
O grupo de protagonistas se completa com Josh (Benjamin Flores Jr.), irmão de Deena, Kate (Julia Rehwald) e Simon (Fred Hechinger). Depois de se envolverem mais do que o necessário com a suposta maldição que envolve a cidade, eles passam a ser perseguidos por um maníaco mascarado e outras entidades. Apesar de trazer adolescentes como personagens principais, o filme não foge do gore e traz algumas cenas pesadas.
Fonte: Netflix

Fonte: Netflix

A segunda parte da trilogia é ambientada em 1978 e apresenta uma narrativa mais segura e consistente, já que a base foi exibida no filme anterior. Nessa sequência, a história volta ao Acampamento Nightwing e tem a personagem C.Bergman como narradora. Ela é a única sobrevivente de um massacre ocorrido no acampamento e que foi rastreada por Deena e Josh em 1994. Bergman conta como sobreviveu e explica os eventos macabros do local, que mexeriam com Shadyside por décadas à frente. Ela relata que um dos seus amigos foi transformado em um serial killer pela maldição que age na cidade. A partir daí, mostra-se que a figura de Sarah Fier, bruxa morta em 1666 e que amaldiçoou Shadyside como forma de vingança, é parte importante do desenvolvimento da trilogia.
Fonte: Netflix

Fonte: Netflix


Rua do Medo: 1978 mistura os sucessos dos anos 90 e 70, dando mais ênfase a esse último, e é certamente mais sangrento que o primeiro. As duas primeiras partes cumprem bem o papel e, apesar de alguns furos (como a falta de aprofundamento em nos personagens coadjuvantes), conseguem trazer uma atmosfera de tensão e um clima de nostalgia para quem foi espectador de filmes como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Pânico, Sexta-Feira 13 e Halloween.
 
Rua do Medo: 1666, a terceira e última parte, já está disponível na Netflix.

Referências:
CRUZ, Juliana. 'Rua do Medo' inicia com pé direito trilogia da Netflix. Terra, 2021. Disponível em: <https://www.terra.com.br/diversao/streaming/rua-do-medo-inicia-com-pe-direito-trilogia-da-netflix,f6f85cd47102c5c90a9d8774ddb5ebddtla9ez8l.html>. Acesso em: 15 de julho 2021.
GUGLIELMELLI, Alexandre. Por que Rua do Medo 2 é mais assustador que o primeiro filme. Observatório do Cinema, 2021. Disponível em: <https://observatoriodocinema.uol.com.br/filmes/2021/07/por-que-rua-do-medo-2-e-mais-assustador-que-o-primeiro-filme>. Acesso em: 15 de julho de 2021.
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