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17/07/2021 às 11h52min - Atualizada em 17/07/2021 às 11h34min

Resenha | Batman: O longo dia das bruxas

Lucas Campos - Editado por Ana Terra
Batman: O longo dia das bruxas, a mais nova animação do morcegão pela Warner Bros Animation, estrou no dia 22 de junho e adapta em duas partes a minissérie de quadrinhos homônima escrita por Jeph Loeb Tim Sale, publicada entre 1996 e 1997. Desta vez, Batman, acostumado a apenas “limpar as ruas de bandidos e malucos”, deve aprender a se tornar um detetive de verdade e caçar o vilão Feriado, que está assassinando membros da máfia de Gotham e para isso conta com a ajuda do promotor Harvey Dent e do Comissário Gordon.

A animação conta com um elenco de vozes conhecido pelo público como Jensen Ackles (Supernatural) dando voz ao Bruce Wayne e Naya Rivera (Glee) interpretando Selina Kyle em um de seus últimos trabalhos. Com uma pegada mais séria e uma adaptação mais direta, Batman: O longo dia das bruxas é um prato cheio para fãs do morcego mais preparado de Gotham.

É impossível falar dessa adaptação sem falar quão visualmente rica ela é. Com um traço e animação de primeira, que combinam perfeitamente com a atmosfera sombria de Gotham sem apelar para filtros escuros e silhuetas no meio da névoa. É tudo suficientemente visível e enigmático. Quando o vilão aparece de relance, escondido por trás de uma máscara e chapéu, é possível ver seus olhos e cabelo, o bastante para o telespectador – que não conhece a HQ – saber quem pode ser o Feriado.


A história também nos apresenta personagens conhecidos do Batman, como Solomon Grundy, o qual Bruce divide um momento rápido, porém sentimental, mostrando as camadas que o personagem pode possuir além do rico sociopata que bate em pobres vestido de morcego. Bruce também pode ser gentileza e carinho, um ótimo desenvolvimento para um personagem com traços tão bem definidos na mídia.

Outros vilões e personagens conhecidos também dão as caras, mas a aparição do Coringa é sempre a mais facilmente reconhecida. O Palhaço do Crime consegue roubar os holofotes sempre que aparece para contar suas piadas mortais e nesse filme não foi diferente.

Quanto à trama, ela não é rasa, mas também não é muito profunda. O vilão Feriado ainda não tem sua identidade revelada nessa primeira parte e muito menos seus motivos, mas ele consegue enganar e confundir o Batman até o fim. Os personagens ao redor do Homem Morcego conseguem ser tão úteis quanto lhes é permitido para o processo de descobrir a identidade do Feriado, apesar de o foco sempre ser no Batman e um tantinho na Mulher Gato.


Por fim, a animação vale o tempo que dispõe quando se quer uma ótima aventura sem muita pretensão ou significados secretos por trás. Batman: O longo dia das bruxas é uma ótima representação do que o personagem pode ser quando não está fechado aos mesmos artifícios da violência – ainda que este esteja presente na história – e uma maneira recatada e efetiva de contar uma história simples e concisa.

REFERÊNCIAS:
BATMAN: O Longo Dia das Bruxas. Batman Wiki, 2021. Disponível em: <https://batman.fandom.com/pt-br/wiki/Batman:_O_Longo_Dia_das_Bruxas>. Acesso em: 13 de julho de 2021.
SIMÕES, Tamy. Batman: O Longo dia das Bruxas – Parte 1 | Crítica |. Poltrona Nerd, 2021. Disponível em: https://poltronanerd.com.br/site/criticas/batman-o-longo-dia-das-bruxas-parte-1-critica-121421>. Acesso em: 13 de julho de 2021.
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