Com a chegada do HBO Max no Brasil, os cinéfilos e telespectadores dispostos a maratonar receberam diversas novidades de filmes, séries e programas. O catálogo do vasto em crescimento, pode esconder algumas joias, e uma delas é a série Betty, que acompanha um grupo de garotas no mundo do Skate.
Betty é uma série de 12 episódios, - até o momento - dividida em 2 temporadas, baseadas no filme Skate Kitchen (2018), da também criadora da série, Crystal Moselle e chegou ao Brasil pelo streaming HBO Max.
Para contextualizar, o termo “Betty”, de acordo com a própria criadora da série, “é um termo depreciativo que evoluiu de "uma garota que andava de skate e para uma garota que andava com caras do skate", disse ela em um clipe da HBO. Mas como foi dito por ela no vídeo e pelo elenco em outras entrevistas, elas estão usando o termo, dando a ele um novo significado e tomando para si.
Veja o trailer de Betty:
A série acompanha um grupo de cinco garotas pela cidade de Nova Iorque, lutando por mais espaço e respeito no mundo do skate, lidando com assédio, sexualidade, amor e a busca pela identidade. Camille (Rachelle Vinberg) é uma garota que adora andar de skate, ela conquistou o seu lugar e faz parte do grupo de meninos que andam de skate. Kirt (Nina Moran) uma garota que ama garotas - literalmente -, e sua amiga Janay (Dede Lovelace), estão tentando criar um espaço só para garotas andarem de skate, em meio a diversos garotos. Honeybear (Kabrina Adams) é uma documentarista, que curte fazer filmagens de pessoas andando de skate. Em algum ponto elas conhecem Indigo (Ajani Russel), que acaba entrando para o grupo e ajudando com a ‘sessão das garotas’, na pista de skate.
A primeira temporada de Betty reescreve a história já contada em Skate Kitchen. Na série, Kirt, Janay e Honeybear se juntam para ajudar Camille a achar sua bolsa roubada, durante a busca, as garotas acabam conhecendo Indigo e todas se aproximam. O grupo começa uma cruzada para abrir espaço, em meio a diversos homens, para que as mulheres possam andar de skate com segurança e respeito. Na temporada, Betty, aborda discussões importantes, de maneira leve, sobre assédio e abuso sexual, machismo dentro do skate, privilegios e representatividade.
A segunda temporada - filmada durante a pandemia - , se passa no verão e outono 2020 nos Estados Unidos, com as bettys, buscando um novo lugar para andar de skate e lidando com outras consequências do Covid-19. Camille se torna embaixadora e teme perder sua autenticidade, ao trabalhar com uma marca. Kirt entra em uma jornada de autodescoberta, se torna guru de um grupo de garotos e tenta ensiná-los sobre as mulheres. Janay precisa buscar um novo espaço para os skatistas usarem durante o inverno e para seu tio alimentar os necessitados . Indigo precisa lidar com a vida adulta e o mundo dos sugar daddy. Honeybear continua aprendendo sobre relacionamento e sua sexualidade.
Na segunda temporada de Betty, o grupo precisa lidar com a pandemia do Covid-19 e suas consequências, o movimento Black Lives Matter, saúde mental e conflitos amorosos.
Essa é uma das poucas séries que traz o universo do skate para a TV, focado em mulheres e suas vivências no meio. Além de trazer uma representação realista, já que as personalidades das Bettys, são baseadas nas atrizes e em suas experiências no mundo do Skate. Betty é uma série que transparece representatividade e aborda discussões importantes, divulga a cultura do skate, com intuito incentivar outras garotas a praticar o esporte.
A primeira e a segunda temporada de Betty estão disponíveis no streaming da HBO Max.
REFERÊNCIAS:
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