Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
23/07/2021 às 17h13min - Atualizada em 22/07/2021 às 21h09min

Número de mulheres violentadas no Brasil cresceu na pandemia, aponta pesquisa do instituto Datafolha

A cada 2 minutos uma mulher é agredida e uma morta a cada 8 horas

Adélia Lima Sá - Editado por Talyta Brito
Reprodução: Getty Images
A insegurança que uma mulher tem ao sair de casa é enorme, pois pode-se deparar com vários tipos de violência em apenas alguns minutos na ida a uma padaria ou na volta para casa. Na maioria das vezes, a mulher que esteve na sua frente na fila de um caixa ou aquela que lhe desejou um bom dia no início da semana, podem conviver os mais variados tipos de violência diariamente. 
 
Uma das maiores escritoras brasileiras da contemporaneidade, Clarice Lispector, já escrevia sobre essa dura realidade de viver e ser mulher em seus contos. É em um de seus livros mais sensíveis e com muitos toques de questões cotidianas, que a escritora brasileira, por meio de sua personagem Cidinha, destaca sobre a violência que mulheres sofrem dentro e fora de casa. O conto, em questão, é intitulado: ‘A língua do P’ e faz parte do conglomerado de seus escritos da obra ‘via crucis do corpo’, publicada em 1974.

É importante saber que diariamente milhares são as ‘Cidinhas’ que presenciam, sofrem e correm perigo apenas por serem mulheres. Segundo uma pesquisa do Datafolha, 1 em cada 4 mulheres acima de 16 anos afirmam já ter sofrido algum tipo de violência durante a pandemia no Brasil.


Os maiores números de vítimas se encontram nas próprias residências, tendo os companheiros como os responsáveis pela situação de agressão. A violência que ocorre em casa é a mais comum, ainda mais neste período de pandemia, no qual a realidade por muitos meses foi o isolamento total, fazendo com que a vítima convivesse mais tempo com o agressor.

Um dos casos que recentemente chocou o país e influenciou na propagação de meios para o combate a violência contra mulher, foi o caso em que a influenciadora Pamella Holanda é vista, por meio de câmeras de segurança do apartamento, sendo espancada pelo ex-marido, Iverson de Souza Araújo, o conhecido Dj Ivis. As cenas chocaram o Brasil e serviu de alerta que essa, infelizmente, é a realidade de muitas mulheres do país.



Tipos de violência contra mulher

É necessário destacar que a violência contra mulher não se limita apenas a doméstica ou a violência física, ela pode ser:
  • Moral
  • Patrimonial
  • Psicológica
  • Sexual
A violência contra mulher não tem local específico e muito menos perfil certo do agressor, com isso, é importante sempre confiar na palavra da vítima e um meio para a denúncia. Dessa maneira, é importante saber quais meios existem para ajudar na denúncia e combate dessa violência. São elas:
  • Campanha do sinal vermelho
  • Central de atendimento à mulher: 180
  • Núcleos ou Postos de Atendimento à Mulher nas delegacias comuns
  • Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs)
  • Defensorias públicas e defensorias da mulher
  • Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos
Todos nós podemos ser meios para a realização de uma denúncia de um caso de violência contra mulher e de qualquer outra natureza. É preciso estar atento e ciente da gravidade dessa realidade no país, pois de forma assustadora, nesses últimos minutos da sua leitura, 1 mulher está sendo agredida, pois no Brasil, a cada 2 minutos uma mulher é agredida e em 8 horas uma é morta.

Quantas foram vítimas só neste tempo da minha escrita e da sua leitura? Denuncie! Ligue 180!

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »