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26/07/2021 às 11h52min - Atualizada em 24/07/2021 às 11h03min

Resenha | Todo o romance e drama de Young Royals

Nataly Leoni - Editado por Ana Terra
A série sueca Young Royals, produzida pela Netflix, já está sendo considerada um dos melhores lançamentos do ano pelos usuários da plataforma. Dirigida por Rojda Sekersöz e Erika Calmeyer, a série aborda temáticas atuais como a pauta LGBTQIA+, e outras questões sociais, exibindo também grande diversidade no elenco. Apesar de ser uma série adolescente, com dramas, dilemas e romances adolescentes, ela vai muito além disso.
Reprodução: Netflix

Reprodução: Netflix


A trama se passa na Suécia e acompanha a vida do jovem Príncipe Wilhelm (Edvin Ryding), que não é nada incomum para um adolescente de sua idade, mas por conta de seu status social, acaba se envolvendo em um escândalo que o obriga  a se desculpar em rede nacional e se mudar contra a sua vontade para o colégio interno Hillerska, em uma forma de repensar suas ações e evitar que algo parecido acontecesse novamente. Apesar disso, Wilhelm logo conhece Simon (Omar Rudberg), o encontro dos dois mostra uma conexão imediata, conexão essa que já deixa margem para a imaginação de um romance futuro.
 
Wilhelm e Simon passam por diversas situações durante os seis episódios que compõem a primeira temporada da série. Tais acontecimentos, os levam a estar cada vez mais próximos um do outro, e enquanto isso tramas paralelas também mostram a vida e os problemas dos demais personagens.
 
Desenvolvimento da história e personagens

O desenvolvimento da trama é feito de uma forma calma, mostrando a evolução dos acontecimentos sem pressa, dando tempo para que as personalidades dos protagonistas se mostrem quando estão juntos ou separados. Isso faz com que o público também se apegue a eles, acompanhando a jornada de autodescoberta do príncipe, observando sua mudança de comportamento percebe-se que com  o passar tempo fica cada vez mais à vontade com seus próprios sentimentos e também com os de Simon, que por sua vez, faz parte de uma classe social diferente dos outros alunos de Hillerska, além de não ser residente no internato, acaba tendo uma série de problemas relacionadas à falta de dinheiro e as soluções que encontra para isso.


O romance dos protagonistas foi escrito de uma forma delicada, dando ênfase para olhares, toques, expressões e ações singelas, que descrevem muito bem a sensação de descobrimento de um novo sentimento que perceberam crescer entre eles, nos fazendo torcer para que tudo dê certo e que eles possam seguir adiante com o relacionamento mesmo com todas as implicações que o envolve. Fica claro que Wilhelm não tinha consciência sobre sua própria sexualidade, mas Simon o ajudou a se descobrir, fazendo com que surgisse o desejo de apenas viver aquela realidade anonimamente, sem pensar em seus deveres reais, principalmente depois de todos os desdobramentos que o levaram a herdar o trono que seria do seu irmão.
 
Com a atuação dos protagonistas é possível sentir o sofrimento que os problemas, a exposição extrema, o preconceito velado e a proibição da monarquia causam em Simon e Wilhelm, mas isso apenas os aproxima ainda com a promessa de  enfrentarem tudo juntos.
 
Representatividade

A produção ganha muitos pontos positivos quando o assunto é representatividade. Além do romance LGBTQIA+ muito bem construído, o elenco envolve adolescentes de diferentes etnias, apresentando uma grande diversidade de cores com diferentes biotipos, e chama atenção também a preocupação das diretoras em introduzir atores com peles acneicas, mostrando a textura real no rosto dos personagens, o que é raro em produções como esta por mais que seja algo natural. Indo na contramão de outras séries do gênero, Young Royals tenta mostrar um elenco diversificado de adolescentes reais com todas as suas “diferenças” sendo tratadas com a devida naturalidade.
 
Young Royals é a série adolescente clichê menos clichê de todas, traz uma sensação de novidade em suas cenas, as atuações são agradáveis e a história em si, pode até mesmo arrancar algumas lágrimas do público. Com a sensibilidade da direção de Rojda Sekersöz e Erika Calmeyer, um bom roteiro e história envolvente, já conquistou fãs ao redor do mundo pelo seu jeito leve de tratar temáticas sociais necessárias como também diferentes questões tanto adolescentes, como jovens, e por isso é também uma das renovações mais aguardadas pelo público




REFERÊNCIAS:
NARCISO, Anderson. Young Royals: Netflix Estreia Série Que Une Bridgerton E Elite. MAX de séries, 1 de jul. de 2021. Disponível em: <https://mixdeseries.com.br/young-royalsnetflix-estreia-serie-que-une-bridgerton-eelite/>. Acesso em: 19 de jul. de 2021.
NARCISO, Anderson. Young Royals Fez Algo Que Elite Nunca Conseguiu Na Netflix. MAX de séries, 7 de jul. de 2021. Disponível em:<https://mixdeseries.com.br/young-royals-fezalgo-que-elite-nunca-conseguiu-na-netflix/>. Acesso em: 19 de jul. de 2021.
Redação. O que você precisa saber sobre Young Royals, a nova Elite da Netflix. Observatório do Cinema, 02 de jul. de 2021. Disponível em:<https://observatoriodocinema.uol.com.br/series-e-tv/2021/07/o-que-voce-precisa-saber-sobre-young-royals-a-nova-elite-da-netflix>.  Acesso em: 23 de jul. de 2021.
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